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Serafina

Novo Batman, Ben Affleck reflete sobre problemas do homem moderno

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Ben Affleck, 42, anda ocupado. Depois de ganhar o Oscar de melhor filme por "Argo", em 2012, ele virou um dos cineastas mais requisitados de Hollywood e viu sua carreira de ator voltar a esquentar.

Foi escolhido para dois dos papéis masculinos mais disputados do último ano em Hollywood. Virou Nick Dunne, protagonista masculino de "Garota Exemplar", adaptação do diretor David Fincher ("Clube da Luta" e "A Rede Social") para o best-seller de Gillian Flynn.

A trama, sobre um homem suspeito pelo desaparecimento da mulher (Rosamund Pike), estreia no Brasil em 2 de outubro. E ele também assumiu o uniforme do novo Cavaleiro das Trevas em "Batman e Superman: Alvorecer da Justiça", de Zack Snyder.

O Superman ainda é o mesmo do último filme, "O Homem de Aço", o inglês Henry Cavill, de 31 anos.

De Detroit, onde o novo Batman está sendo rodado, Ben conversou pelo telefone com Serafina sobre a estreia de "Garota Exemplar" e sobre como o filme o fez pensar sobre o seu casamento.

"É esquisito falar de um longa-metragem quando você já está fazendo um outro", diz o ator. "Mas fiquei feliz com essa entrevista porque sua revista tem o nome da minha filha", diz o marido da atriz Jennifer Garner, 42, e pai de Seraphina Rose Elizabeth, 5, além de Violet Anne, 8, e Samuel, 2.

Como diretor, seu próximo projeto é "Live by Night" (estreia prevista para 2016), adaptação de um livro de Dennis Lehane (de "Ilha do Medo" e "Sobre Meninos e Lobos"), que se passa durante a Lei Seca norte-americana.

Ben adaptou o roteiro junto com o autor do romance e também atua como protagonista, ao lado das atrizes Zoe Saldana, Elle Fanning e Sienna Miller.
Leia, a seguir, os melhores trechos da conversa.

DAVID FINCHER

Ter a chance de filmar com ele foi uma das razões que me fez querer muito esse trabalho. Num papel tão vulnerável quanto esse, de um homem suspeito de ter matado sua mulher, você tem que confiar muito no diretor.

Ninguém sabe o que pensar do personagem, e outro diretor poderia lidar com isso de uma maneira ruim. O filme poderia ser todo errado se não tivesse caído nas mãos de um cara tão talentoso quanto David.

APRENDIZ DE DIRETOR

Fiquei o tempo todo observando como o diretor fazia tudo, era minha obsessão no set. Poderia tentar imitá-lo agora e fazer versões "made in China" dos filmes de David Fincher [risos]. Quando dirijo, também gosto de fazer muitos takes, mas não tantos quanto David, que chega a repetir cada cena dezenas de vezes.

Eu penso assim: já que vou ficar no set o dia todo, prefiro filmar do que esperar no trailer os caras arrumarem a iluminação.

ANTES DE TUDO, UM ATOR

Acompanhei as pessoas em Hollywood ficando loucas por "Garota Exemplar" e querendo comprar os direitos para adaptar para o cinema. Eu gostei do texto, do humor, e acho que [a autora] Gillian tem algo a dizer sobre relacionamentos entre homens e mulheres que eu nunca tinha lido. Mas achei que seria impossível transformar aquilo num filme. Foi interessante ver David e Gillian trabalhando no roteiro juntos. Eles pensavam em soluções que eu nunca imaginaria.

CASAMENTO SEM MÁSCARAS

O livro me fez pensar muito sobre o meu casamento. Coisas como: 'Será que ela realmente queria fazer isso ou só estava tentando me agradar?' O homem, na fase de cortejo, usa mais desodorante, pasta de dente, tudo para agradar. E, quando casa, perde um pouco disso, não tem mais necessidade de manter aquela imagem. Esse filme é sobre esse momento em que as máscaras começam a cair.

HOMEM MODERNO

Os homens são mais complicados do que as mulheres acham. Há uma tensão entre os nossos instintos e a pessoa que devemos ser, como homens sensíveis no mundo moderno.

Crescemos ouvindo que devemos ser nós mesmos, mas também devemos ser bons e tratar bem nossas mulheres. Muitos homens ainda procuram seu lugar no mundo. Homens e mulheres veem esse longa de maneira diferente. Dei muita sorte com esse papel, é uma chance única de fazer algo tão significante sociologicamente.

A DECISÃO DE VIRAR DIRETOR

Quando era mais novo, fazia filmes por diversão. Quando Matt [Damon] e eu criamos "Gênio Indomável" [pelo qual ganharam o Oscar de roteiro original em 1998], a ideia era dirigirmos nós mesmos, com baixo orçamento. Aí, o diretor Gus Van Sant se interessou e desistimos da ideia. Mas isso sempre ficou na minha cabeça.

ROBIN WILLIAMS

Ele era adorável. Apostou em "Gênio Indomável", fez o papel simplesmente porque gostou do roteiro e foi com a nossa cara.

Não teríamos conseguido tanto sucesso sem ele no filme. A gente queria fazer sem ninguém famoso e, de repente, conseguimos a maior estrela da época. Nem sei que tipo de vida eu teria hoje se ele não tivesse atuado no longa. Devo muito do que tenho hoje a Robin Williams.

ATUAR DEPOIS DE DIRIGIR

Aprendi que o jeito mais simples de um ator se alinhar com o diretor é estar disponível para fazer o que ele deseja e ser o mais cooperativo possível. Alguns atores acham que podem se autodirigir e, fazendo isso, eles se distanciam do filme e acabam indo na direção oposta.

REAÇÃO AO NOVO BATMAN

Esse é um aspecto interessante do mundo do entretenimento agora. Qualquer coisa que você faça, uma aparição em um programa de TV ou uma selfie no Instagram, tudo tem repercussão.

Muita gente me para na rua para falar que está ansiosa para me ver como Batman. Tem uma expectativa positiva também, não é só negativa. Mas a expectativa não importa. O que importa é o filme. E todo mundo vai ter que esperar até 2016 para ver 'Batman e Superman'.

ASSISTA AO TRAILER DE "GAROTA EXEMPLAR"

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