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Serafina

Nova primeira-dama argentina, 'feiticeira' foi trunfo eleitoral de Macri

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"Sou Juliana. Mãe de Valentina e de Antonia. Mulher de Mauricio. Designer. Visualmente inquieta." Esta é a apresentação da nova primeira-dama da Argentina em sua conta no Instagram.

Foi pelo aplicativo que Juliana Awada, 41, mostrou os bastidores da eleição de seu marido, Mauricio Macri, 56, que assume a presidência no dia 10 de dezembro. Estão ali cenas do casal abraçando indígenas, vendo um jogo do Boca Juniors e distribuindo "medialunas" (um tipo de croissant) a jornalistas antes de votar.

Martin Lucesole
A feiticeira - assim é chamada pelo marido a empresária Juliana Awada, considerada um dos grandes trunfos da eleição de Mauricio Macri à presidência da argentina#serafina92
Considerada um dos grandes trunfos da eleição de Macri, Juliana é chamada de 'feiticeira' pelo marido

A empresária têxtil foi apontada como um dos grandes trunfos da campanha de Macri. Seu ponto alto foi uma saltitante entrada no palco após o último debate, dando um verdadeiro "amasso" no marido, enquanto a mulher do rival, Daniel Scioli, surgiu elegante, porém contida, e acabou ofuscada.

"Só foi dito que ela deveria entrar no palco e cumprimentar o candidato. A ideia do beijo foi totalmente dela", disse um assessor da aliança Mudemos.

A espontaneidade revela uma marca da primeira-dama. Apesar de usar grifes famosas, a mulher a quem Macri chama de "mi negrita hechicera" (minha feiticeira negrinha) sempre exibe um look informal. Calças e camisas largas, cabelo meio preso, meio solto, saias longas, pouquíssima maquiagem e sem penduricalhos —no máximo, um relógio.

Mais nova dos cinco filhos do imigrante libanês Abraham Awada e da descendente de sírios Elsa Esther Baker de Awada, ambos muçulmanos, Juliana escolheu outra religião, a católica.

A família é proprietária de algumas marcas de roupa famosas no país, como Awada e Cheek, onde ela e seus irmãos trabalham. Quando pequena, costumava acompanhar a mãe a desfiles de moda na Europa. Adulta e egressa do colégio bilíngue Chester College, no bairro de Belgrano, viveu um tempo em Londres para estudar design.

De volta à terra natal, passou maus bocados quando a empresa da família foi acusada de terceirizar a produção a fábricas que usavam trabalho escravo de bolivianos. Juliana foi absolvida, mas o irmão, Daniel, ainda responde a processo na Justiça.

Ela se casou pela primeira vez aos 23, mas pouco se sabe dessa relação, que terminou também cedo. Depois, Juliana conheceu o conde belga Bruno Laurent Barbier, na primeira classe de um voo da Air France. Com investimentos em soja na Argentina, o conde tem uma fortuna estimada em 400 milhões de euros.

Os dois não se casaram, mas viveram juntos durante quase dez anos e têm uma filha, Valentina, 12.

GINÁSTICA E PAQUERA

Já Macri ela conheceu na academia de ginástica e bem-estar Ocampo Wellness Club, no Barrio Parque, uma região nobre repleta de embaixadas e árvores, onde pouca gente caminha pelas calçadas e os carros andam em baixa velocidade.

Juliana e Macri viveram ali durante toda a vida, e se conheciam de vista de eventos beneficentes e por causa de amigos em comum, mas foi na academia do bairro que trocaram os primeiros olhares.

Enquanto ela se exercitava no "transport", Macri lia jornais na bicicleta. Os dois tinham o mesmo personal trainer. "Todos vinham aqui, Juliana, Macri e as ex-mulheres dele também, não sei como evitavam as saias-justas", conta a estudante Marina, uma das poucas sócias que toparam contar à Serafina algo do ambiente da academia, frequentada pela elite portenha.

Quando conheceu Juliana, Macri estava separado —-o presidente eleito casou-se outras duas vezes antes e tem no currículo uma longa lista de namoros e "affaires" com mulheres da alta roda. No primeiro casamento, teve três filhos.

Frequentador de programas de entretenimento, o casal contou como foi o início do namoro a vários apresentadores. Após o primeiro convite para jantar, Macri a chamou para um fim de semana na casa de campo onde passou boa parte da infância, em Tandil. Casaram-se poucos meses depois e tiveram Antonia, hoje com quatro anos.

Dizem que dormem agarrados um ao outro, mesmo no calor, e que tem uma ótima vida sexual. "Juliana é insaciável", declarou Macri a uma revista espanhola.

A nova primeira-dama tem sido discreta ao comentar seu novo papel. "Vou participar pelo lado do amor e do apoio desde o lar", afirma.

Num país onde as mulheres dos presidentes costumam ter pretensões políticas —vide Isabel Perón, Chiche Duhalde e Cristina Kirchner—, a atenção dos argentinos sobre Juliana é redobrada.

Por enquanto, ela se mantém enquadrada na singela descrição de sua conta no Instagram.

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