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Serafina

'Não dá mais para esperar 3 horas em camarim de TV', diz Evandro Mesquita

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Evandro Mesquita está ofegante enquanto anda por uma rua da Gávea. O cantor de 65 anos não quer se atrasar para a sessão de psicanálise - afinal, é sua primeira em 15 anos.

"É uma reciclagem. Vou voltar a fazer com a mesma pessoa com quem fazia nos anos 1980, era uma pessoa maneira."

Mesquita, que passou décadas atuando na TV, deu um tempo para lançar o álbum "Aventuras II", uma continuação de um dos primeiros projetos da Blitz, em 1982.

Ao lado, ele fala de vida, de morte, de tempo e de lama.

Quando você foi mais feliz?
Fui pro Xingu e fiquei 16 dias. Foi a viagem da minha vida.

Foi preciso estudar música?
O meu pai fazia violão clássico de hobby. Eu tentei fazer, mas não tinha muita paciência para os exercícios. Queria logo Beatles, um Roberto Carlos, pra impressionar as amiguinhas do colégio.

Televisão ou música?
Eu dei até uma desacelerada de televisão. Depois de nove anos de "A Grande Família", me convidaram para fazer "Malhação", mas eu não quis. Quis focar na música. Fazem piada que sempre que eu entro num programa, ele acaba depois.

Você cansou de fazer música em algum momento?
Não, não, eu vivo procurando esses momentos. Tem fase que vem mais. Fico meio agoniado quando não estou compondo e criando.

Em que momento você está?
Estou num momento pós-parto. Deu uma alegria, apesar da contramão da nossa composição, de não seguir uma modinha.

Foram dois anos para lançar o CD. É bom trabalhar com calma?
É. De seis meses para cá a gente começou a convidar os colegas. Encontros com Zeca Pagodinho no aeroporto. Ele disse "Já curti, não precisa nem contar o que é". Encontrei os Paralamas dentro de um avião. Foi tudo na amizade, sem taxímetro profissional ligado.

O que a idade trouxe?
Depois dos 60 anos não tem mais tempo para esperar três horas no camarim. O tempo passa mais devagar no palco.

Qual é seu maior investimento?
Aos 17 anos, com a primeira graninha comprei um terreno em Friburgo, em que não chegava carro, agora só vai carro 4X4. Ainda tenho esse sítio, e o lugar continua igual.

Como é tocar no Rock in Rio 32 anos depois?
Porra, o primeiro foi alucinante. Tocar com o equipamento do Queen. Ver três Maracanãs de gente. Mesmo na lama, tinha um clima de fim de ditadura, de festa. É um momento parecido. Estamos na lama de novo, por mais que agora seja figurativa.

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