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O aguardado RPG de ação "Diablo IV", da Blizzard, quer ser um jogo para todos. Agradar tanto aos fãs mais fiéis da franquia que começou em 1997 quanto aos jogadores de primeira viagem, que possivelmente nem eram nascidos na época.

"Queríamos que o jogo fosse o mais acessível possível. Se você jogou algum antes, queremos que este seja seu favorito, caso contrário, queremos que seja seu primeiro", disse Rod Fergusson, general manager de "Diablo" na Blizzard, à Folha.

Fergusson conta que o estúdio buscou fazer um jogo de mundo aberto —o primeiro da série— em que o jogador não ficasse paralizado com as inúmeras possibilidades que o mapa lhe permite. Mas que o guie, mesmo que discretamente, e ao menos nas primeiras horas.

"Trabalhamos para que o jogador pudesse compreender o progresso que alcançou no início do jogo. Queremos que ele suba de nível só até certo ponto para ter tempo de olhar para as suas habilidades, pensar sobre suas escolhas. E adicionar complexidade ao longo do tempo. Fácil de aprender, difícil de dominar", disse.

Anunciado em 2019, "Diabo IV" será lançado na próxima segunda-feira (5) para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series S|X após um hiato de mais de uma década desde o lançamento de "Diablo III", em 2012.

Em "Diablo IV", o mundo onde a história se passa, Santuário, está sendo tomado pelo caos. O retorno de Lillith, filha de Mephisto e vilã do jogo, atrai uma onda de adoradores fanáticos que semeiam ódio e destruição por onde passam. À medida que essa escuridão retorna, alguns poucos corajosos (como o personagem do jogador) buscam enfrentar essa ameaça.

Para encontrar o equilíbrio entre público novo e antigo, "Diablo IV" mantém as principais características de jogabilidade da franquia enquanto traz uma história palatável a iniciantes. A ideia é fazê-los não se sentirem intimidados com o "IV" do título.

"Parte do motivo pelo qual 'Diablo IV' se passa 50 anos após 'Diablo III' é porque é longe o suficiente para não ser necessário saber o que aconteceu antes, porque não é uma sequência direta, e não tão longe para, caso o jogador se importe, ter algumas relações. Tem uma continuidade, mas não é necessário entender tudo", disse Fergusson.

"Nós entendemos que as pessoas querem inovação tanto quanto a manutenção de coisas que elas gostam. Então, tem a ver com respeitar o passado e abrir caminho para o futuro".

Mas certas coisas nunca mudam. "Diablo" usa uma perspectiva isométrica (como "League of Legends" ou até mesmo "FIFA 23"), o que significa que os jogadores têm uma visão aérea do personagem, como se olhassem para baixo em um ângulo inclinado. Essa posição permite uma visão ampla dos ambientes e das hordas de inimigos —e funciona assim desde 1997.

A criação do personagem, primeira tarefa antes do jogo começar, continua sendo um momento crucial porque é quando se escolhe se ele será um bárbaro, um necromante, um mago, um renegado ou um druida.

Cada classe tem habilidades próprias e representa um estilo de jogo diferente. Por exemplo, jogar como um bárbaro, de combate corpo a corpo, requer estratégias e equipamentos diferentes daqueles de um mago, que se posiciona à distância dos inimigos.

"Queremos que o jogador possa fazer um personagem só seu. Se dois jogadores criarem magos, eles começarão muito parecidos, mas no final serão muito diferentes. Não há um molde para cada personagem".

Nos momentos de combate, saber usar determinada habilidade no momento certo é essencial para derrotar um oponente mais forte (ou dezenas deles), e separa jogadores novatos dos mais experientes. Mas os verbos, na maior parte do tempo, são os mesmos de outros RPGs: ganhar experiência, subir de nível, melhorar e adquirir novas habilidades, coletar equipamentos e completar missões para explorar Santuário.

A experiência online também é parte importante de "Diablo IV". Grupos podem se reunir para enfrentar inimigos mais fortes e é possível encontrar outros jogadores em locais públicos, adicionando uma camada social à jogabilidade, o que remete aos MMORPGs.

"Diablo IV", apesar do título, é o quinto título da franquia. Entre o "Diablo III" e este, houve "Immortal", lançado no ano passado para celulares —motivo de controvérsia entre os fãs.

O jogo gratuito também foi criticado por apostar nas "loot boxes" como forma de monetização. São caixas que funcionam como uma raspadinha, oferecendo itens raros (e poderosos) ou colecionáveis. Em "Diablo IV", que custa R$ 349,90, a história é outra.

"Você não vai pagar por poder. É tudo cosmético", disse Rod Fergusson.

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dica de game, novo ou antigo, para você testar

Star Wars: Jedi Survivor

(PC, Xbox Series, PS5)

Ambientada no universo de Star Wars, a sequência de "Fallen Order", de 2019, oferece uma experiência recompensadora para quem é fã da franquia. Cinco anos depois dos acontecimentos do jogo anterior, Cal Kestis agora busca se esconder do Império. Os combates com sabre de luz, a exploração dos biomas exóticos e a narrativa são atrativos do jogo lançado em abril.

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novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

• A maior parte do PlayStation Showcase foi dedicada a mostrar títulos novos para PS5. Os destaques foram o anúncio do remake de "Metal Gear Solid 3: Snake Eater" e um trailer de gameplay do "Marvel's Spider-Man 2", jogo previsto para o terceiro trimestre deste ano. Também chamaram a atenção "Marathon", "Phantom Blade Zero","After Us", "Neva", "Dragons Dogma II" e "Alan Wake 2".

• O Xbox aproveitou a ocasião para publicar no Twitter quais jogos, entre os mostrados pela concorrente no evento, estarão disponíveis em suas plataformas.

• O que não apareceu no evento foi o aguardado modo multijogador de "The Last of Us Part II". Naughty Dog, estúdio responsável pela franquia, disse pelo Twitter que "o melhor é dar ao jogo mais tempo [de desenvolvimento]". A desenvolvedora também disse que está trabalhando em um novo jogo single-player.

• A Sony também anunciou no Showcase o desenvolvimento do Project Q, um portátil que vai rodar jogos de PlayStation 5 via streaming. A imagem divulgada pela empresa mostra um dispositivo com tela de 8 polegadas entre as metades de um controle de PS5, similar ao Nintendo Switch. O projeto visa o ainda incipiente mercado de cloud gaming e faz a Sony retornar aos portáteis mais de uma década após o lançamento do PlayStation Vita.

• Ainda em cloud gaming, jogos do Xbox Game Studios e de empresas subsidiárias, como "Gears 5", "Grounded", "Pentiment" e "Deathloop", agora estão disponíveis aos assinantes do GeForce NOW, serviço que concorre com o Xbox Game Pass. O anúncio, feito no dia 18, ocorreu após o bloqueio da compra da Activision Blizzard pela Microsoft no Reino Unido.

• A Blizzard, dona de "World of Warcraft", "Overwatch" e "Diablo", treinou uma inteligência artificial (IA) com imagens de seus jogos para produzir novas artes conceituais, segundo reportagem do New York Times. "Estamos à beira de uma grande evolução na forma como construímos e gerenciamos nossos jogos", disse o chefe de design da empresa em email interno obtido pelo jornal.

• As ações do Embracer Group afundaram na semana passada depois que uma parceria avaliada em US$ 2 bilhões foi cancelada. O nome da empresa com a qual o grupo europeu iria negociar não foi revelado. A Embracer é dona de diversos estúdios de jogos e uma das maiores empresas do ramo da Europa. No início do mês, anunciou uma parceria com a Amazon Games para produzir um MMO baseado em "O Senhor dos Anéis".

• A Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) disse que a participação da comitiva brasileira na GDC 2023 (Game Developers Conference) deve gerar US$ 53 milhões (R$ 265 milhões) em contratos para os estúdios do país até março de 2024. O resultado é mais que o dobro da meta inicial, de US$ 26 milhões (R$ 130 milhões).

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games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

30.mai

• "System Shock": R$ 199 (PC)

1º.jun

• "Killer Frequency": R$ 129,99 (Nintendo Switch), preço não disponível (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S|X)

2.jun

• "Street Fighter 6": R$ 249 (PC), R$ 279 (Xbox Series S|X), R$ 279,50 (PS4, PS5)
• "We Love Katamari Reroll + Royal Reverie": R$ 149,50 (Nintendo Switch), preço não disponível (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S|X)