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Inteligência artificial só não é mais perigosa que burrice humana, diz Pacheco

Presidente do Senado afirma que marco legal deve ser votado antes do recesso parlamentar, que começa dia 18

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Brasília

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta terça-feira (9) que a IA (inteligência artificial) só não é mais perigosa que a burrice humana e disse que o projeto de lei que cria um marco legal sobre o tema deve ser votado antes do recesso parlamentar.

"A inteligência artificial só não é mais perigosa que a burrice humana. A IA é algo muito sensível, que precisa ser regulado. É um erro achar que não deve ter tutela legislativa em relação a este tema", declarou em evento da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

"Como é um erro achar que não deve ter tutela legislativa em relação a redes sociais, plataformas digitais, que é uma coisa para qual ainda não existe uma lei a respeito e acaba permitindo que aconteça muita coisa ruim. Um ambiente de desinformação que nós precisamos coibir."

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão plenária - Pedro Ladeira-11.jun.2024/Folhapress/Folhapress



Desde o mês passado, associações e empresas têm conseguido adiar a votação do parecer. O relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO) estava na pauta desta terça da comissão temporária dedicada ao tema, mas a votação foi novamente adiada por falta de acordo.

Durante a sessão, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que não votaria o texto ainda hoje em respeito aos senadores que pediram mais tempo. "É preciso que todos os senadores tenham clareza do que será votado", afirmou.

Os pleitos vieram de senadores da oposição, como Izalci Lucas (PL-DF), para quem o texto só deveria ser votado depois do recesso parlamentar, que começa no dia 18.

Durante a leitura da complementação do voto, na última quinta (4), Gomes reclamou do descumprimento de acordos e disse que haverá "protelação" ou "boicote", se o PL não for aprovado.

"Não é uma questão de pressa ou de morosidade, mas dois anos em um mundo tecnológico é muito tempo. Vai precisar de mais tempo? Vamos usar mais tempo. Precisa discutir mais? Vamos discutir mais. O Parlamento é para isso, não tem dificuldade. Agora, vamos avançar pelo menos naquilo que a gente já acordou. Senão não é negociação, é protelação, boicote."

Pacheco é autor do projeto de lei em discussão no Senado. O texto foi apresentado a partir das sugestões elaboradas por um grupo de juristas em 2022. Se for aprovado pela comissão, o PL deverá ser aprovado pelo plenário antes de ser enviado à Câmara dos Deputados.

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