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Secretário da ONU pede mais ação e menos conversa na Rio+20
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LUCAS VETTORAZZO
DO RIO
O secretário-geral da ONU para a Rio+20, o chinês Sha Zukang, afirmou que o grande desafio da conferência para o desenvolvimento sustentável, a ser realizada no Rio de Janeiro de 20 a 22 junho, é colocar em prática as questões levantadas no evento. Em sua avaliação, muito já foi discutido em conferências anteriores, mas pouco realmente saiu do papel.
Para que as resoluções da Rio+20 sejam, de fato, postas em prática, Zukang defende a participação ativa da sociedade civil.
Segundo ele, é preciso que a população dos países cobre de seus governos o cumprimento dessas resoluções.
"Nosso trabalho não é conversar, é fazer. Já conversamos o suficiente. Não percam mais nenhum minuto discutindo, produzindo papéis apenas. É claro que precisamos produzir algum papel, mas eles devem ser seguidos de implementação", afirmou Zukang, em entrevista coletiva nesta tarde no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.
"Gritem, falem alto, conversem, certifiquem-se de que o governo irá ouvir vocês".
Zukang está em sua terceira e última visita ao Rio de Janeiro antes da conferência. O secretário ficará até o próximo dia 10 no Brasil para acertar os detalhes finais de logística do evento. Sua agenda inclui reuniões no Rio e em Brasília.
A ONU prevê a visita de 60 mil pessoas à cidade, assim como 120 chefes de Estado. A conferência acontece 20 anos após a realização da Rio 92, que reuniu 108 chefes de Estado e levou ao Rio cerca de 30 mil pessoas.
A grande dúvida da edição atual é com relação aos chefes de Estado. Crise internacional e eleições presidenciais em países como Estados Unidos e França podem fazer com que a conferência seja menos prestigiada do que a histórica Rio 92.
Zukang ressaltou que a Rio+20 discutirá como colocar em prática a chamada "economia verde". O próprio secretário afirma que a definição do termo varia muito de país para país --e que isso poderia ser mais uma justificativa para falta de ações.
O secretário explicou que a "economia verde" está baseada em três pilares: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ao meio ambiente. Zukang afirmou que muito se avançou nos dois primeiro pilares, porém, no último, ainda há um caminho longo a ser percorrido.
"Nos últimos 20 anos o que vimos? Vimos desenvolvimento econômico, mas ao mesmo tempo vimos o mundo ficando cada vez mais mais insustentável. Falta integração dos três pilares da sustentabilidade", afirmou, lembrando que a ONU recomenda aos países o investimento de 2% do PIB mundial em meio ambiente.
Questionado sobre a iminente votação do Código Florestal, Zukang afirmou que a ONU não opina sobre questões de política interna dos países. Mas aproveitou para dar recado: "A floresta é do Brasil, mas o país tem de entender que a maneira como ele trata seu meio ambiente e seus recursos naturais pode ter reflexo no restante do mundo", disse.
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