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Países poluentes se reúnem; analistas se dizem pessimistas sobre encontro
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DA FRANCE PRESSE
Representantes do Brasil e de outros países responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa participam de reunião de dois dias, em Nova York, para abordar as mudanças climáticas e tentar impulsionar negociações para combatê-las, embora analistas esperem poucas mudanças.
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O Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima conta com a presença de altas autoridades governamentais, inclusive o enviado especial americano para as mudanças climáticas, Todd Stern. O encontro de dois dias termina nesta terça-feira.
Loic Hofstedt -1º.dez.09/Reuters |
Brasil e outros países responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa discutem formas de combatê-las |
Representantes de Brasil, Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, China, União Europeia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul e Estados Unidos participam do encontro.
O presidente americano, Barack Obama, promoveu a reunião para facilitar as negociações sobre o tema, após a decepção da cúpula de Copenhague, no ano passado.
"Não acho que ninguém espere algum anúncio importante", disse o analista do Conselho de Relações Exteriores, Michael Levi. "É um encontro de trabalho. Muitos protagonistas estão no mesmo local e no mesmo momento", explicou à AFP.
CANCÚN
O próximo grande encontro com vistas a se alcançar um acordo internacional para combater as mudanças climáticas que substitua o Protocolo de Kyoto que expira em 2012 --será a conferência de Cancún, no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro.
Também estão programados mais dois encontros, que acontecem nos próximos meses. Um reunirá ministros de Meio Ambiente de 45 países em Genebra, ainda neste mês. O outro será em em Tianjin, na China, com negociadores dos 194 países signatários da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas que se encontram em outubro para uma rodada final de conversações preparatórias para a conferência de Cancún.
O caminho para Cancún não se anuncia fácil. O ecologista Bill McKibben, cofundador do grupo de defesa do meio ambiente 350.org, disse que o fracasso do Congresso americano em aprovar uma lei para combater o aquecimento global torna "muito difícil" a conclusão de um acordo importante em Cancún.
"Acho que os próximos dois anos serão decepcionantes em termos de ações e teremos que usar este tempo para construir um movimento poderoso para obter atos reais na próxima vez que se abrir uma brecha política", declarou McKibben.
Em junho, a Câmara de Representantes americana aprovou um projeto de lei que impõe limites às emissões de carbono e permite a comercialização de bônus de emissões de carbono.
O Senado deve, agora, ratificá-lo, mas há a oposição de democratas e republicanos dos Estados que dependem da indústria do carbono e de hidrocarbonetos.
"Uma mudança real contradiria o modelo de negócios da indústria de combustíveis fósseis", afirmou McKibben, advertindo que a indústria é poderosa demais para permitir que o Congresso apoie a redução de emissões de gases de efeito estufa. Ele defende, ao contrário, uma maior ação global para criar um "movimento maciço" que apoie a redução destas emissões.
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