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Secretário-geral da ONU diz que mundo não freia ritmo de extinção de animais e vegetais
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DA FRANCE PRESSE
O mundo não consegue frear o ritmo com que as espécies animais e vegetais desaparecem, advertiu nesta o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma reunião sobre biodiversidade durante a cúpula das Nações Unidas sobre as Metas do Milênio em Nova York, nesta semana.
"A degradação da diversidade acelera-se no mundo", enfatizou Ban aos líderes reunidos na sede da ONU. "A razão é simples: as atividades humanas, de vocês, minhas, as de cada um (...). Muita gente continua sem entender as consequências dessa destruição", completou.
Kimamasa Mayama/Efe |
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diz que mundo não entende consequências da degradação da biodiversidade |
Relatórios recentes advertem que o ritmo natural da extinção de espécies multiplicou-se por mil devido à atividade humana e também às mudanças climáticas, mas a comunidade internacional tinha se comprometido a reduzir o ritmo da perda de espécies e habitats até 2010, declarado o ano internacional da biodiversidade. "A meta para 2010 não foi alcançada", disse Ban.
O secretário-geral também advertiu que na convenção sobre diversidade biológica em outubro na cidade japonesa de Nagoia, os representantes de 193 nações deverão discutir a distribuição equitativa das responsabilidades sobre os recursos naturais e seus benefícios.
Um plano estratégico com as nações de economias emergentes deve "garantir transparência, segurança jurídica e previsibilidade para quem busca acesso aos recursos, assim como distribuição justa e equitativa dos benefícios derivados deles", advertiu, por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
A ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pediu para divulgar mais a importância de conservar as espécies animais e vegetais.
"Precisamos de um pacto em Nagoia", disse Teixeira, que instou os líderes mundiais a "elevar o perfil da biodiversidade e galvanizar a vontade política e o compromisso de todos os países".
"Não seremos capazes de mitigar a mudança climática nem de nos adaptar a seu impacto, nem de prevenir a desertificação e degradação dos solos, se não protegermos nossos ecossistemas e biodiversidade", enfatizou Barroso.
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