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Secretário de Defesa dos EUA anuncia cortes militares
ALESSANDRA CORRÊA
DA BBC BRASIL, EM WASHINGTON
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, anunciou nesta segunda-feira que vai recomendar uma série de cortes em algumas áreas do orçamento do Pentágono, com o objetivo de economizar em setores menos prioritários e aumentar os recursos disponíveis para operações de combate.
Gates anunciou que irá recomendar ao presidente Barack Obama que um dos dez maiores comandos militares dos Estados Unidos, o Joint Forces Command (Comando das Forças Conjuntas), seja cortado.
Esse comando tem 2.800 funcionários civis e militares e 3.000 terceirizados.
O comando, com sede no Estado da Virgínia, é responsável por treinar tropas de diferentes serviços militares americanos que atuam juntas, ao custo de US$ 240 milhões anuais.
MAIS CORTES
O secretário também anunciou que o Pentágono deverá reduzir em 10% os gastos com serviços terceirizados no próximo ano. Estão incluídos nessa medida contratos relacionados a serviços de inteligência.
O número de funcionários do gabinete do secretário será congelado, e o número de generais e almirantes nas Forças Armadas será reduzido.
O objetivo é cortar ao longo dos próximos dois anos em pelo menos 50 o número de generais e almirantes, além de 150 postos civis de alta hierarquia no Pentágono.
PRIORIDADES
Segundo Gates, as mudanças são necessárias depois de anos de guerras.
"Deixem-me ser claro. A tarefa diante de nós não é reduzir o orçamento de ponta do Departamento, e sim reduzir significativamente os excessos nas despesas gerais e aplicar a economia em estruturação e modernização", disse o secretário.
"Diferentemente de esforços para cortar o orçamento no passado, os serviços poderão manter as economias que gerarem para reinvestir em necessidades prioritárias de combate e programas de modernização", afirmou Gates.
PRESSÃO
Os gastos militares americanos aumentaram muito desde os ataques de 11 de setembro de 2001, e com as guerras no Iraque e no Afeganistão.
O orçamento militar do país é atualmente de cerca de US$ 700 bilhões (cerca de R$ 1,23 trilhão).
Recentemente, em meio à ainda lenta recuperação da economia do país, o Pentágono vem sofrendo pressões para reduzir seus gastos.
No ano passado, já haviam sido anunciados cortes em programas de armamentos, com economia de mais de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 527 bilhões) no longo prazo.
No último mês, Gates já havia anunciado que pretendia economizar cerca de US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 176 bilhões) no orçamento militar nos próximos cinco anos.
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