Publicidade
Publicidade
Rússia protesta contra extradição de "Mercador da Morte" para os EUA
DA BBC BRASIL
O governo da Rússia protestou contra a decisão da Justiça da Tailândia de extraditar o russo Viktor Bout, conhecido como "Mercador da Morte", para que seja julgado nos Estados Unidos.
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, descreveu a decisão anunciada pelas autoridades tailandesas nesta sexta-feira como ilegal e afirmou que foi tomada sob forte pressão externa.
Lavrov afirmou que a Rússia continuará a lutar para que Bout seja enviado ao país.
Bout, que é suspeito de ter vendido armas para grupos insurgentes em vários países, inclusive da África e Oriente Médio, nega as acusações.
Ele foi preso na Tailândia em 2008, em uma operação em que agentes americanos se disfarçaram de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) tentando comprar armas.
Uma corte tailandesa havia rejeitado o pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, mas a apelação de Washington foi aceita por uma corte de instância superior nesta sexta-feira.
NOVA DECISÃO
As autoridades americanas apresentaram duas novas acusações de lavagem de dinheiro e fraude eletrônica contra Bout antes da audiência desta sexta --se a apelação tivesse sido rejeitada, o russo teria que aguardar na prisão uma nova decisão da Justiça.
A corte deu às autoridades três meses para lidar com as novas acusações, mas o mais provável é que os Estados Unidos abandonem os casos para que a extradição ocorra o mais rapidamente possível.
"A corte decidiu detê-lo para que seja extraditado para os Estados Unidos", afirmou o juiz Jitakorn Patanasiri.
A decisão já havia sido adiada várias vezes por conta da constante troca dos advogados de defesa.
Bout é acusado de conspiração para matar americanos, conspiração para enviar material de apoio a terroristas e conspiração para adquirir e usar mísseis antiaéreos. Ele pode ser condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
O filme "O Senhor das Armas", estrelado por Nicolas Cage, foi baseado nas acusações sobre Bout.
BOM NO QUE FAZ
Seu advogado argumenta que Bout não vai receber um julgamento justo nos Estados Unidos, onde as autoridades o acusam de ter fornecido armas a ditadores, à rede Al Qaeda e ao Taleban.
Agências da ONU e vários governos ocidentais relataram que Bout entregou armas a ditadores e senhores de guerra na África e no Afeganistão, violando uma série de embargos das Nações Unidas.
"Viktor é um empreendedor, um empresário. Ele é bom no que faz", disse seu advogado, Lak Nittiwattanawichan.
"Se ele é ou não traficante de armas terá que ser provado na corte. Eu, pessoalmente, não estou a par dessas atividades."
"Este é um caso político. As Farc lutam por uma causa política e não são uma quadrilha criminosa. A Tailândia não reconhece as Farc como um grupo terrorista", explicou o juiz ao negar o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos no ano passado, referindo-se à operação que levou à prisão de Bout.
+ Notícias sobre a Tailândia
- Pressão dos EUA por extradição de "mercador da morte" são ilegais, diz Rússia
- Tailândia nega a Colômbia extradição do "mercador da morte" para os EUA
- EUA recorrem de sentença e pedem nova extradição de "mercador da morte"
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice