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17/09/2010 - 21h55

Jornal egípcio defende manipulação de foto que põe Mubarak à frente de Obama

DA BBC BRASIL

O jornal estatal egípcio "Al Ahram" defendeu, nesta sexta-feira, a decisão de publicar uma foto modificada de chefes de Estado presentes em Washington, na qual o presidente egípcio, Hosni Mubarak, aparece à frente de outros líderes, incluindo o presidente americano, Barack Obama.

Jornal do Egito adultera foto de encontro de líderes em Washington

Na foto original, Mubarak caminha atrás de Obama, do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, do presidente palestino, Mahmoud Abbas e do Rei Abdullah 2º, da Jordânia, reunidos para o recomeço das negociações de paz no Oriente Médio no início de setembro.

Em editorial publicado nesta sexta-feira, o editor-chefe do jornal, Osama Saraya, afirmou que a versão alterada foi feita para ilustrar o papel importante do Egito no processo de paz. A imagem adulterada permanece no site do jornal.

"A foto é uma expressão da postura proeminente do presidente Mubarak na questão palestina, e seu papel único de liderança, antes de Washington ou qualquer outro país", escreveu Saraya.

O jornalista disse ainda que a foto original já havia sido publicada no dia em que as negociações começaram.

A imagem foi publicada na última terça-feira ilustrando o artigo "O caminho de Sharm el Sheikh", em referência à etapa do processo realizada no Egito, com a presença da secretária de Estado americana Hillary Clinton.

"FALTA DE PROFISSIONALISMO"

A alteração da foto foi exposta pelo blogueiro egípcio Wael Khalil e virou alvo de chacota entre os opositores do governo de Mubarak.

Outras montagens apareceram na internet, mostrando o presidente na lua e segurando a taça da Copa do Mundo.

O movimento "Juventude do 6 de abril", de oposição, acusou o "Al Ahram", que é o jornal de maior circulação no país, de "falta de profissionalismo" por publicar a imagem sem menção da alteração.

"É a isso que a mídia do regime corrupto foi reduzida", disseram em comunicado em sua página de internet. O grupo afirmou ainda que o jornal "cruzou a linha do equilíbrio e da honestidade".

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