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Partidários de candidato "vencedor" da Costa do Marfim são atacados, diz porta-voz
DA BBC BRASIL
O porta-voz de Alassane Ouattara, considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela União Africana o vencedor das eleições presidenciais da Costa do Marfim, disse à BBC que partidários do político de oposição estão sendo atacados por soldados leais ao atual presidente Laurent Gbagbo.
Tanto Ouattara como Gbagbo se declararam vencedores do pleito ocorrido no mês passado.
O porta-voz do líder da oposição falou com a BBC do Hotel Golf onde estão o candidato e seus assessores desde as eleições, protegidos por tropas da ONU.
Nesta quarta-feira, soldados leais a Gbagbo dispararam contra manifestantes partidários de Ouattara, que estão tentando tomar o controle da televisão estatal. Pelo menos três pessoas teriam morrido.
O correspondente da BBC na capital, Abidjan, John James, afirmou que a segurança foi reforçada em torno do prédio da televisão estatal, com tanques bloqueando as principais passagens e ruas em volta. De acordo com James, lojas e escritórios estão fechados, apenas os manifestantes e forças de segurança estão nas ruas.
CONFRONTOS
Os partidários de Ouattara planejavam entrar nos escritórios da TV estatal, que estava transmitindo reportagens elogiosas a Gbagbo desde as eleições de novembro.
Mas, os manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança na manhã de quinta-feira. Agências de notícia afirmaram que pelo menos três manifestantes foram mortos depois que a polícia disparou contra o protesto.
Além desses confrontos, também ocorreram tiroteios no norte do país entre soldados que controlam o sul de Abidjan e ex-rebeldes que estão fazendo a segurança do hotel onde Ouattara está.
Os partidários de Ouattara, incluindo Guilhaume Soro, a quem ele nomeou primeiro-ministro, estão tentando deixar o hotel e ir para os escritórios da TV estatal.
Nesta quinta-feira, promotores internacionais afirmaram que vão processar os acusados pelas mortes.
Um porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que "aqueles que incitam ou praticam a violência, ou aqueles que usam a imprensa para este fim... serão responsabilizados por suas ações".
A ONU, que mantém cerca de 10 mil soldados das tropas de paz no país, está garantindo a segurança do hotel onde está Ouattara, junto com os rebeldes do grupo New Forces (FN), que era liderado por Soro.
SEGUNDO TURNO
Os problemas começaram depois das eleições de novembro.
A Comissão Eleitoral do país considerou que Outtara venceu o segundo turno presidencial por 54,1% a 45,9 % na votação de 28 de novembro, mas Gbagbo, que está no poder há dez anos, se recusou a entregar o cargo.
A União Europeia congelou contas bancárias de Gbagbo e proibiu que ele e seus familiares entrem nos países que formam o bloco.
Tanto o FMI (Fundo Monetário Internacional) como o Banco Mundial ameaçaram suspender a ajuda internacional ao país.
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