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Oposição convoca passeatas na Costa do Marfim após impasse eleitoral
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LOUCOUMANE COULIBALY E TIM COCKS
DA REUTERS, EM ABDIJÃ
Aliados do opositor Alassane Ouattara convocaram nesta terça-feira passeatas para ocupar a rádio estatal e prédios públicos da Costa do Marfim, elevando o tom da disputa de poder contra o presidente Laurent Gbagbo.
As autoridades eleitorais anunciaram que Ouattara havia vencido a eleição de 28 de novembro, mas o Conselho Constitucional do país, dirigido por um aliado de Gbagbo, anulou centenas de milhares de votos da oposição e reverteu o resultado, dando um novo mandato ao atual presidente.
A ONU, a União Africana, o bloco regional Ecowas, a União Europeia, os EUA e a França reconheceram a vitória de Ouattara.
A comunidade internacional esperava que a eleição estabilizasse o país, maior produtor mundial de cacau, depois da guerra civil de 2002-2003. Em vez disso, o pleito mergulhou a ex-colônia francesa em uma nova fase de divisão, com eventuais episódios de violência.
PROTESTOS
"O partido RHDP convoca jovens, mulheres, sindicatos, sociedade civil, trabalhadores, servidores públicos e a população marfinense a conduzirem uma luta pacifista (...) para instalar as autoridades legais e legítimas da Costa do Marfim", disse Djedje Mady, porta-voz do partido de Ouattara.
Reagindo a esse apelo, milhares de pessoas em um território controlado pelos rebeldes, no norte, se dirigiram até o limite da zona governamental, exigindo que Gbagbo reconheça a vitória de seu rival. Forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar esses manifestantes.
Rebeldes desarmados do grupo Novas Forças foram vistos entre os manifestantes que saíram as ruas de Tiebissou na noite de terça-feira e acabaram barrados no limite da área do governo. "Era uma passeata pacífica para comemorar a vitória de Ouattara, mas as forças de segurança nos impediram de entrar na cidade e então dispararam gás lacrimogêneo contra nós", disse o ferreiro Ali Koné, 32 anos.
Na quinta-feira, a oposição pretende realizar uma passeata até a sede da emissora estatal RTI e a prédios públicos, onde tentará dar posse a novos funcionários, disse Mady a jornalistas no comitê de Ouattara, que funciona num hotel vigiado pela ONU.
É a primeira vez que a oposição convoca manifestações nas ruas desde que Ouattara se declarou vencedor e tomou posse como presidente numa cerimônia paralela. O governo de Gbagbo está cada vez mais isolado, mas controla as forças de segurança.
O próprio Gbagbo chegou ao poder, dez anos atrás, graças a enormes manifestações populares que acabaram por derrubar o líder golpista Robert Guei, que era acusado de tentar manipular uma eleição.
A tensão na Costa do Marfim faz com que o cacau atinja sua maior cotação internacional em quatro meses. Na tarde de terça-feira, o contrato futuro para março era negociado a US$ 2.940 por tonelada, uma alta de US$ 50.
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