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21/06/2011 - 09h55

Governo grego enfrenta voto crucial no Parlamento

DA BBC BRASIL

O governo grego tentará obter nesta terça-feira um voto de confiança do Parlamento, em meio a uma queda de braço sobre o futuro da economia do país.

Se o novo gabinete montado pelo primeiro-ministro George Papandreou receber a aprovação dos parlamentares, o passo seguinte é convencer tanto a oposição como integrantes do partido do governo a implementar um novo pacote de austeridade fiscal, com cortes de benefícios, demissões de servidores e privatizações, estimados em 28 bilhões de euros.

Foi esta a condição imposta na segunda-feira pelos ministros das Finanças da Zona do Euro para o pagamento dos 12 bilhões de euros (R$ 27 bilhões) que compõem parte do pacote de ajuda financeira concedido à Grécia pela União Europeia e FMI em 2010.

Se o governo grego não obtiver o voto de confiança, o premiê pode renunciar, levando à convocação de novas eleições e dificultando a aprovação do pacote de austeridade, marcada para o dia 28 de junho.

Thierry Roge/Reuters
Se não conseguir o voto de confiança, o premiê grego, George Papandreou, deve renunciar
Se não conseguir o voto de confiança, o premiê grego, George Papandreou, deve renunciar

PROTESTOS

Manifestantes programaram novos protestos contra os cortes nas proximidades do Parlamento antes do voto de confiança, marcado para a meia-noite desta terça (horário local).

O país também enfrenta uma paralisação de 48 horas na empresa estatal de energia, que já levou a apagões.
Os ministros gregos criticam os protestos, alegando que as medidas de austeridade são uma pré-condição para o recebimento de um novo pacote de ajuda financeira, que seria necessário para evitar que país tenha de pedir moratória.

Mas muitos gregos defendem que o país deveria desistir de pagar suas enormes dívidas, avaliadas em 150% de seu PIB anual. Se isso acontecer, a Grécia terá de deixar o grupo de 17 países da União Europeia.

POLÊMICA

Para o integrante do Parlamento europeu Daniel Hannan, empréstimos não ajudam o povo grego.

"Isso não é um auxílio à Grécia, não é assim que as pessoas enxergam isso lá. Eles entendem perfeitamente bem o que o pacote de ajuda significa: que o dinheiro vai para banqueiros europeus, mas o pagamento da dívida sai do bolso dos contribuintes gregos. Então, longe de estar recebendo ajuda, a Grécia está é sendo sacrificada para salvar o euro", disse ele.

Já Olli Rehn, comissário de Assuntos Financeiros da União Europeia, pediu que a Grécia dê continuidade a suas medidas de austeridade.

"Uma grande responsabilidade está nos ombros do novos governo grego".

Rehn disse ainda que a crise na Grécia é a pior vista na Europa "desde a Segunda Guerra Mundial".

NOVO PACOTE

No domingo, os ministros das Finanças da Zona do Euro também aprovaram, sob certas condições, um novo pacote de ajuda à Grécia, aproximadamente do mesmo tamanho do primeiro, de 110 bilhões de euros, aprovado em Maio do ano passado.

O novo pacote, que seria detalhado em Julho, incluirá empréstimos de outros países da Zona do Euro.
Também há expectativa de que investidores privados contribuam, comprando novos títulos da dívida grega.

Autoridades disseram que o novo plano financiaria a Grécia até o fim de 2014, evitando a moratória, que representaria grandes perdas para bancos europeus que têm títulos da dívida grega, entre eles o Banco
Central Europeu.

Ainda nesta terça-feira, inspetores da UE e do FMI visitam Atenas no que foi descrito pela Comissão Europeia como uma "missão técnica".

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