Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/07/2011 - 19h25

Presidente da Nicarágua propõe pedir aos EUA reparação

DA BBC BRASIL

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, propôs nesta quarta-feira um referendo sobre uma cobrança de reparações de guerra aos Estados Unidos, no valor de US$ 17 bilhões (cerca de R$ 26,5 bilhões), pelo apoio americano ao grupo Contras, durante o conflito civil no país nos anos 1980.

A proposta foi feita durante as celebrações dos 32 anos da revolução que derrubou o antigo presidente Anastácio Somoza, em 1979, pela Frente Sandinista de Libertação Nacional.

Após assumir seu primeiro governo, a partir de 1985, Ortega (um dos líderes sandinistas) teve de combater o grupo Contras.

A milícia de direita recebeu financiamento do governo Ronald Reagan (1981-89), dos Estados Unidos, segundo um veredicto de 1986 da Corte Internacional de Justiça (com sede em Haia, na Holanda). Os americanos temiam, na época, mais um regime comunista aliado à União Soviética na América Central.

Entre 1980 e 1989, a Nicarágua viveu uma guerra civil que deixou milhares de mortos.

Discursando para uma multidão na capital, Manágua, Ortega disse que "cabe ao povo nicaraguense" decidir, agora, se "a dívida do Estado ianque" deve ser paga.

REELEIÇÃO

Em 1986, a Corte Internacional de Justiça reconheceu que os americanos ajudaram a colocar minas em território nicaraguense, determinando que uma compensação deveria ser paga pelos americanos.

O valor, no entanto, nunca foi estipulado. A posse do governo oposicionista de Violeta Chomorro, em 1990, afinado com Washington, interrompeu o primeiro pedido de reparação.

Para a oposição, a proposta de Ortega tem fins eleitorais, já que o presidente busca a reeleição no fim deste ano. Ele voltou à Presidência em 2006.

O deputado da oposição Francisco Aguirre disse que a proposta é "absurda".

A reeleição de Ortega também é contestada. Em 2009, a Suprema Corte decidiu pela constitucionalidade da regra, mas a oposição diz que o tribunal é controlado por juízes ligados ao governo.

+ Livraria

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página