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29/07/2011 - 00h46

Plano republicano contra o deficit emperra no Congresso

DA BBC Brasil

Um projeto republicano para elevar o teto da dívida dos EUA e cortar gastos orçamentários emperrou na Câmara dos Representantes (deputados federais) na noite desta quinta-feira, em meio a divergências entre os próprios republicanos.

O presidente da Casa e patrocinador do projeto, John Boehner, tentou, com outros líderes republicanos, convencer os legisladores mais conservadores a apoiar a proposta, para tentar votá-la ainda nesta quinta.

Mas a votação, que estava prevista para as 18h locais, acabou adiada, informou nesta noite o representante republicano Kevin McCarthy. O tema pode voltar ao Plenário nesta sexta.

Tudo indica que o motivo é que a liderança republicana percebeu que não teria votos suficientes para aprovar o projeto.

No entanto, mesmo que acabe sendo aprovado, o plano certamente enfrentará resistência no Senado, onde os democratas são maioria, e na Casa Branca, que indicou que pretende vetá-lo.

A indefinição desta quinta é mais uma mostra do impasse político nos EUA quanto ao escopo dos cortes orçamentários e o teto da dívida pública - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,3 trilhões), limite atingido em maio.

O teto do endividamento público preocupa porque, caso ele não seja elevado pelo Congresso até a próxima quarta-feira, os EUA não conseguirão cumprir com parte de seus compromissos financeiros, arriscando uma moratória que poderia ter impactos na economia mundial.

Impasse

O projeto defendido por Boehner inclui cortes no orçamento, impõe limites em gastos futuros e aumenta em US$ 1 trilhão o teto da dívida pública dos EUA o que não seria suficiente para durar até as eleições de 2012.

Mas muitos republicanos conservadores, entre eles membros do grupo Tea Party, creem que o projeto não produz cortes orçamentários suficientes. Alguns até mesmo rejeitam a elevação do teto da dívida.

Já os democratas pedem uma elevação maior do teto e querem que cortes orçamentários sejam somados a aumentos nos impostos para a parcela mais rica da população, ideia que enfrenta rejeição entre os republicanos.

O presidente Barack Obama apoia o projeto do senador democrata Harry Reid, que prevê US$ 2,2 trilhões em cortes e o aumento do teto da dívida em US$ 2,4 trilhões.

Mas a proposta tem poucas chances de passar na Câmara, sob comando da oposição.

Enquanto o impasse prossegue, a diretora-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, advertiu que, caso o teto da dívida dos EUA não seja elevado a tempo, a moeda americana deverá sofrer o impacto.

"Uma das consequências pode ser seu declínio como moeda de reserva e uma quebra de confiança das pessoas no dólar", disse.

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