Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/07/2011 - 23h19

Empresa diz que funcionários mortos no Peru eram experientes

Publicidade

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A Leme Engenharia, empresa à qual estavam ligados o engenheiro Mário Bittencourt e o geólogo Mário Guedes, encontrados mortos no Peru, afirmou em nota na noite desta quinta-feira que continua aguardando informações das autoridades brasileiras e peruanas. A empresa não comentou a suspeita das famílias sobre eles terem sido mortos por grupos contrários à construção de usinas hidrelétricas na região norte do Peru.

Autópsia de brasileiros mortos no Peru é inconclusiva, diz Itamaraty
Filha de engenheiro morto no Peru diz não acreditar em hipotermia
Brasil tenta traslado de corpos de engenheiros mortos no Peru
Engenheiros brasileiros são encontrados mortos no Peru

O último parágrafo da nota, intitulado "informações geográficas", sugere, no entanto, o descarte da versão para a morte dos funcionários dada ontem pelas autoridades: hipotermia. Ela disse que seus funcionários eram bastante experientes.

Os parentes dos mortos afirmaram à Folha nesta quinta que a empresa descarta essa possibilidade. A empresa também sugere que os seus funcionários não estavam perdidos, porque com eles havia profissionais que conheciam a área.

"A empresa Leme Engenharia informa que o engenheiro e geólogo trabalhavam na região de Jaén, a aproximadamente 800 km de Lima. A região é de formação montanhosa com altitudes variando entre 600 m e 1.400 m, clima ameno e seco nesta época do ano, com temperaturas entre 8ºC e 18ºC. A vegetação é de bosque seco, com espécies típicas de média altitude e densidade. A equipe utilizava estradas e trilhas preexistentes e profissionais condutores", diz a nota.

A Leme informou que contratou um médico-perito particular e que ele já está em Bagua para a "coleta de amostras suplementares a serem enviadas para o Brasil", onde serão analisadas. Disse ainda que "aguarda mais informações das autoridades locais e do Ministério de Relações Exteriores brasileiro sobre as circunstâncias das mortes".

Disse que viabilizou nesta quinta-feira o contato dos familiares com os médicos que examinaram os corpos no Peru e com o representante da Embaixada do Brasil. Isso foi feito por videoconferência, segundo os parentes dos mortos disseram à reportagem.

A empresa voltou a lamentar a morte dos seus funcionários, considerados "dois dos mais experientes profissionais da empresa", que estavam no Peru fazendo estudos de engenharia.

"Mário Bittencourt, engenheiro, e Mário Guedes, geólogo, eram profissionais preparados para missões como a que era desempenhada no Peru. Possuíam capacitação e orientação formais para a realização das tarefas em questão, propiciadas pela Leme por meio de treinamentos específicos. Além disso, tinham experiência de dezenas de expedições do tipo, inclusive no próprio Peru."

A empresa informou que está providenciando o traslado dos corpos e que nesta noite um representante da empresa está indo para Chiclayo, para onde os corpos serão encaminhados. Disse ainda estar dando suporte para os parentes no Brasil.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página