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Níger admite presença de membros do regime líbio, mas nega ida de Gaddafi
DA BBC BRASIL
O ministro das Relações Exteriores do Níger, Mohamed Bazoum, confirmou nesta quarta-feira, em entrevista à BBC, que membros do regime líbio conseguiram se refugiar em seu país, mas negou que o ditador Muammar Gaddafi esteja em território nigerino.
Segundo o ministro, "cerca de 20" integrantes do regime líbio conseguiram se refugiar na capital nigerina, Niamei, estão "sob controle" do governo local e serão tratados de acordo com leis internacionais de refúgio. Também terão a liberdade de ir embora se quiserem.
Como a fronteira desértica entre Líbia e Níger não pode ser fechada, "não é impossível que líbios cruzem como refugiados", disse o chanceler. "Mas não é verdade que Gaddafi tenha tentado vir ou tenha vindo para cá."
Um comboio com cerca de 50 veículos líbios fortemente armados foi visto no Níger na última terça-feira.
Membros da oposição a Gaddafi na Líbia dizem acreditar que o comboio carregava dinheiro e ouro do regime, além de combatentes de etnia tuaregue recrutados pelo líder líbio.
Também há relatos de que o chefe de segurança de Gaddafi, Mansour Daw, esteja abrigado no Níger, tendo entrado em um comboio que chegou ao país no domingo.
Já a mulher do líder líbio, dois de seus filhos e sua filha se refugiaram na Argélia na semana passada.
FRONTEIRA
Um dos líderes do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão líbio reconhecido por cerca de 60 países como governo legítimo do país, disse ter mandado uma delegação para discutir com autoridades nigerinas "a segurança das fronteiras para evitar a entrada de tropas de Gaddafi no Níger e evitar tentativas de Gaddafi e sua família de escapar ao país".
Mas o chanceler Bazoum ressaltou que o Níger "não tem meios de fechar a fronteira".
"É muito grande e temos muito poucos recursos para isso", disse.
CasoGaddafi tentasse cruzar a fronteira, disse o ministro, o Níger ainda não decidiu se iria aceitá-lo ou se o entregaria ao Tribunal Penal Internacional, que exige a prisão do líder líbio, de seu filho, Saif al-Islam, e de seu chefe de inteligência, Abdullah Sanoussi.
O paradeiro de Gaddafi continua desconhecido.
Mas um dos líderes do CNT disse às agências de notícias que a principal preocupação atual não é encontrar Gaddafi, e sim assegurar o controle territorial de áreas hoje dominadas por tropas leais ao líder.
O CNT se reuniu na terça-feira com líderes tribais da cidade de Bani Walid, um dos quatro grandes bastiões remanescentes de Gaddafi no país (os demais são Jufra, Sabha e Sirte) e deu prazo até sábado para que eles permitam a entrada das tropas oposicionistas na cidade. Caso contrário, prometem uma ofensiva.
Uma emissora de TV pró-Gaddafi na Síria disse nesta quarta-feira, porém, que as tribos de Bani Walid rejeitarão qualquer acordo com as forças do CNT.
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