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cida santos
Brasil vai disputar a final do Grand Prix
DE SÃO PAULO
Deu tudo certo. A seleção brasileira jogou sua melhor partida, ganhou da China por 3 sets a 0 (25/20, 25/22 e 25/19) e garantiu vaga na final do Grand Prix de Vôlei, que já começa na quarta-feira. Vai ser bom para o time, que disputou poucas partidas este ano. Um treino de luxo para os Jogos Olímpicos. Os outros finalistas são Estados Unidos, China, Turquia, Tailândia e Cuba.
Você deve estar estranhando e se perguntando: mas cadê a Itália e a Rússia? Essas seleções não priorizaram o Grand Prix. As russas, atuais bicampeãs mundiais, nem disputaram o torneio. A Itália participou, mas com time misto. Acabou em décimo lugar, fora da zona de classificação. A seleção americana, apontada por muitos, inclusive pelo técnico José Roberto Guimarães, como o melhor time hoje do mundo, estava com força máxima nas etapas anteriores. Nesta última fase de classificação, poupou cinco titulares. Logan Tom, Jordan Larson, Destinee Hooker, Foluke Akinradewo e Lidsey Berg ficaram nos Estados Unidos treinando para a Olimpíada. A expectativa é que voltem na fase final. A equipe fez uma campanha impecável. A única invicta com nove vitórias. Foi também a única que venceu o Brasil.
Contra a China, a seleção brasileira voltou a mostrar sua melhor qualidade: a eficiência do bloqueio. Foi novamente esse fundamento que facilitou e muito a vitória. Foram 15 pontos de bloqueio contra nove das adversárias. A recepção foi um tanto irregular. Teve uns vacilos que não podem acontecer. O saque funcionou bem, o problema foram alguns erros em saques não forçados. O que chama mesmo a atenção é como o time ainda perde muitos contra-ataques. Isso é o que mais preocupa.
Para quem não está acompanhando os jogos do Brasil, vale lembrar que a seleção está mostrando duas boas novidades. A primeira é a central Thaísa, que está atacando pelo meio, do fundo da quadra. A outra é o revezamento das líberos. O técnico Zé Roberto alterna a Fabi e a Camila Brait na quadra. A primeira cuida mais da recepção e a segunda da defesa. Resta saber se ele vai manter essa novidade nos Jogos de Londres, já que só vai poder levar doze atletas. O Grand Prix dá mais opções para o técnico já que é possível inscrever 14 jogadoras e relacionar 12 a cada jogo.
A base do time contra a China foi a levantadora Fabíola e a oposto Sheilla; as centrais Thaísa e Fabiana; as ponteiras Paula Pequeno e Jaqueline; e a líbero Fabi. A Paula Pequeno só jogou no primeiro set e depois foi substituída pela Fernanda Garay, que foi muito bem. Mesmo atuando em apenas dois sets, marcou 12 pontos e junto com a Jaqueline foi a maior pontuadora do Brasil.
Na fase final, olho na Turquia, dirigida pelo brasileiro Marco Aurélio Motta. O time ganhou o Pré-olímpico Europeu e pela primeira vez vai disputar os Jogos Olímpicos.
Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.
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