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Opinião: Proibição da burca na França é correta
DA DEUTSCHE WELLE, NA ALEMANHA
A proibição do véu islâmico, que cobre todo o rosto, aprovada pelo Senado francês, é um passo certo. Para o chefe da redação Europa da Deutsche Welle, Bernd Riegert, deve prosseguir o debate sobre símbolos religiosos que contradizem valores europeus.
Essa proibição não tem nada a ver com intolerância ou mesmo cerceamento da liberdade de praticar uma religião. O véu integral, seja o niqab ou a burca, é um obstáculo de primeira ordem à integração, que não pode ser tolerado em uma sociedade europeia aberta.
O véu significa, para o interlocutor, que a pessoa à sua frente quer dizer: "Não tenho nada a ver com você. Você não pode ver meu rosto". O véu integral não é parte da liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradição, usado para privar as mulheres de suas personalidades e autonomia. Neste caso, é legítima a intervenção do Legislativo na lei que dá liberdade ao cidadão de vestir o que bem entender.
A França é o primeiro país da União Europeia onde será punível o uso da burca ou do véu islâmico integral em locais públicos. Mas certamente não é o único país onde se debate o assunto. Na Bélgica, está sendo encaminhado um projeto semelhante.
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