Venezuela pede que observadores internacionais respeitem soberania durante eleição

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) deu as boas-vindas aos 150 observadores e 60 convidados políticos internacionais que acompanharão as eleições legislativas do próximo domingo (26), e chamou-os a respeitar a soberania do país.

Em um comunicado divulgado ainda no domingo (19), o organismo assinalou que, "como é habitual", propôs a "homens e mulheres de diferentes continentes" que viessem acompanhar "o desenvolvimento das votações, conhecer seus resultados e apresentar suas recomendações".

O CNE afirmou que os observadores, que chegarão ao país a partir de terça-feira (21), deverão acatar rigorosamente o ordenamento legal venezuelano.

"Os convidados políticos internacionais, que são designados pelas organizações com fins políticos, estão obrigados a respeitar a soberania e a não fazer ingerência nos assuntos internos da nação", destacou o texto.

ELEIÇÕES

No próximo domingo cerca de 17,7 milhões de venezuelanos escolherão 165 deputados para a Assembleia Nacional (AN). A Casa está nas mãos dos governistas favoráveis ao presidente Hugo Chávez desde que a oposição se retirou do Parlamento em 2005, alegando desconfiança no sistema de votação.

O pleito é crucial para os que mantêm posição contrária à do governo, pois representaria seu retorno ao Legislativo, e configura um teste para Chávez, que poderá medir com ele sua popularidade.

A titular do CNE, Tibisay Lucena, explicou que na segunda-feira (27) após o pleito serão auditadas mais de metade das mesas eleitorais, escolhidas por sorteio, para "comprovar e contar os comprovantes de voto" emitidos pelas máquinas e verificar se coincidem com os resultados.

"São 54,5% das mesas eleitorais, [um número] muito alto, mas concordamos que assim fosse", comentou ela.

Haverá 36.773 unidades distribuídas em 12.562 centros de votação, e 61 mil testemunhas políticas que estarão nas mesas representando as diferenças alianças de partidos já foram creditadas.