SP registra três nascimentos após doação de óvulos na rede pública

O primeiro programa público de doação de óvulos, implementado há dois anos pela Secretaria de Estado da Saúde no hospital estadual Pérola Byington, é responsável pelo nascimento de três crianças e duas gestações em andamento.

O programa é destinado a mulheres com idade acima de 40 e até 50 anos, que têm dificuldades em produzir óvulos em condições de fertilização.

Atualmente, 80 mulheres estão escritas no programa, à espera da doação de um óvulo compatível. As receptoras e doadoras são atendidas em ambulatórios específicos, com consultas agendadas em dias diferentes para garantir o anonimato que a situação exige.

O processo de reprodução começa bem antes da doação. Primeiro é realizado um cadastro das pacientes com menos de 35 anos que aguardam tratamento e que estariam dispostas a doar seus óvulos excedentes. A partir daí, o hospital busca entre as cadastradas aquelas que tenham o mesmo tipo físico e sanguíneo da doadora.

Após o pareamento, doadora e receptora passam por uma série de exames para identificar a presença de doenças como HIV, hepatite, sífilis e problemas genéticos graves. As candidatas a mães ainda passam por avaliação psicológica.

Com a conclusão dos exames, introduz-se o uso da medicação para aumentar as chances de sucesso. As doadoras passam a tomar hormônios para estimular os ovários, e assim produzir o maior número de óvulos aproveitáveis.

As receptoras passam a tomar hormônios para estimular o desenvolvimento do endométrio e facilitar a recepção do embrião. Logo que os hormônios fazem efeito, os óvulos são retirados, fecundados com o sêmen dos pais e os embriões formados são transferidos para o útero da receptora.

Segundo a secretaria, 35 transferências já foram realizadas desde 2008.