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Autora de "Crônicas da Dor" se arrepende por não ter buscado tratamento antes
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de sofrer anos com dores, a jornalista americana Melanie Thernstrom começou a estudar o assunto. Foram oito anos de pesquisas e entrevistas com especialistas e pacientes. O resultado é o livro "Crônicas da Dor" ("The Pain Chronicles -Cures, Myths, Mysteries, Prayers, Diaries, Brain Scans, Healing, and the Science of Suffering", 364 págs., Farrar, Straus & Giroux), recém-lançado nos EUA, que deve chegar ao Brasil no começo de 2011. À Folha, a autora contou como é viver com dor.
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Folha - Como e quando você começou a sentir dor?
Melanie Thernstrom - Catorze anos atrás, fui nadar em um lago com um ex-namorado. No mesmo dia, senti uma dor ardente em meu braço direito e no ombro. Foi horrível, não consegui dormir. Ficou cada vez pior.
Quanto tempo levou até o diagnóstico correto?
Um ano e meio depois da primeira crise, fiz ressonância e descobri que sofro de artrite degenerativa e de alguns problemas nervosos -espondilose cervical, estenose espinal e neuralgia. Hoje, me arrependo de não ter buscado tratamento antes que a dor se tornasse crônica.
Você se acostumou à dor?
Às vezes fico focada em reduzir a minha dor e encontrar novos tratamentos. Outras vezes me concentro em tentar aceitar. Quando me conformo, perco a vontade de prosseguir com o tratamento e, quando me esforço para não sentir dor, fico triste porque não consigo.
Como você se imagina daqui a alguns anos?
Sem dor. Não sei como é isso, mas é bom imaginar...
Na sua pesquisa, encontrou gente que venceu a dor?
Médicos testam tratamentos até descobrir qual funciona. Conheci pessoas que melhoraram e outras que só pioraram com os tratamentos. Uma jovem foi ferida por um instrutor na academia e sofreu dores nas costas por oito anos. Visitou 80 médicos e nada resolveu. Até que um terapeuta de quiropraxia encontrou a solução.
Qual é a relevância de fatores psicológicos e culturais na percepção da dor?
O significado da dor molda a própria dor. Não acreditava nisso até viajar e ver hindus enfiarem anzóis nas próprias costas. Eles estavam em estado de graça, o que faz com que o cérebro reaja de forma diferente.
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