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23/11/2010 - 12h30

ONU diz que epidemia de Aids pode ter chegado ao auge

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Estima-se que 33,3 milhões de pessoas sejam portadoras do vírus da Aids no mundo, mas a epidemia está começando a se desacelerar e até a ser revertida, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela ONU.

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O total de soropositivos em 2009 era ligeiramente inferior aos 33,4 milhões do ano anterior. Mas estima-se que cerca de 10 milhões de pacientes em países pobres não tenham acesso a medicamentos importantes para controlar a doença.

Crianças e grupos marginalizados, como usuários de drogas e profissionais do sexo, também têm menos chances de receber tratamento do que os demais pacientes, de acordo com o relatório da Unaids (agência da ONU para o combate à doença).

"Pela primeira vez, podemos dizer que estamos rompendo a trajetória da epidemia de Aids. Paramos e começamos a reverter a epidemia. Menos gente está sendo contaminada com o HIV, e menos gente está morrendo de Aids", disse Michel Sidibé, diretor-executivo da Unaids.

Desde o início da epidemia, na década de 1980, mais de 60 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo vírus, e quase 30 milhões morreram. A Aids pode ser controlada com remédios, mas não há cura.

O relatório da Unaids diz que a taxa de novas contaminações caiu quase 20% nos últimos dez anos, e que a queda na incidência foi ainda mais acentuada --acima de 25%-- entre os jovens nos 15 países mais afetados, o que mostra uma disseminação das práticas sexuais mais seguras.

Mesmo assim, ainda há duas pessoas sendo contaminadas para cada paciente que começa a ser tratado. "Há poucos anos, havia cinco novas infecções para cada duas pessoas que iniciavam o tratamento", disse Sidibé por telefone. "Estamos reduzindo a lacuna entre prevenção e tratamento."

Mas ele salientou que não é o caso de declarar "missão cumprida" contra a Aids, pois há preocupação com a redução nas verbas para o combate à doença, que em 2009 se mantiveram estáveis pela primeira vez.

A Unaids disse que havia em 2009 cerca de US$ 15,9 bilhões disponíveis para o combate à doença, ou US$ 10 bilhões aquém do necessário.

"A demanda está superando a oferta. Estigma, discriminação e leis ruins continuam representando obstáculos às pessoas que vivem com HIV e a pessoas marginalizadas", disse Sidibé.

Editoria de Arte/Folhapress

EPIDEMIA DE AIDS EM NÚMEROS

A seguir os números divulgados pela Unaids, o programa de combate à Aids da ONU, sobre a epidemia de HIV/Aids:

1) PESSOAS SOROPOSITIVAS EM 2009:

MUNDO: 33,3 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV (33,4 milhões em 2008).

NÚMEROS POR REGIÔES:

África subsaariana: 22,5 milhões (22,4 milhões em 2008)

Sudeste e sul da Ásia: 4,1 milhões (3,8 milhões)

Leste da Ásia: 770.000 (850.000)

América do Sul e Central: 1,4 milhão (2 milhões)

América do Norte: 1,5 milhão (1,4 milhão)

Europa ocidental e central: 820.000 (850.000)

Europa oriental e Ásia central: 1,4 milhão (1,5 milhão)

Caribe: 240.000 (idem)

Oriente Médio e África do Norte: 460.000 (310.000)

Oceania: 57.000 (59.000)

2) NOVAS INFECÇÔES EM 2009:

MUNDO:

2,6 milhões de pessoas contraíram o vírus em 2009 (2,7 milhões em 2008).

NÚMEROS POR REGIÔES:

África subsaariana: 1,8 milhão (1,9 milhão em 2008)

Sudeste e sul da Ásia: 270.000 (280.000)

Leste da Ásia: 82.000 (75.000)

América do Sul e Central: 92.000 (170.000)

América do Norte: 70.000 (55.000)

Europa ocidental e central: 31.000 (30.000)

Europa oriental e Ásia Central: 130.000 (110.000)

Caribe: 17.000 (20.000)

Oriente Médio e África do Norte: 75.000 (35.000)

Oceania: 4.500 (3.900)

3) MORTES POR AIDS EM 2009:

MUNDO:

1,8 milhão de pessoas morreram por causas vinculadas ao HIV em 2009 (2 milhões em 2008).

NÚMEROS POR REGIÔES:

África subsaariana: 1,3 milhão (1,4 milhão)

Sudeste e sul da Ásia: 260.000 (270.000)

Leste da Ásia: 36.000 (59.000)

América do Sul e Central: 58.000 (77.000)

América do Norte: 26.000 (25.000)

Europa ocidental e central: 8.500 (13.000)

Europa oriental e Ásia Central: 76.000 (87.000)

Caribe: 12.000 (idem)

Oriente Médio e África do Norte: 24.000 (20.000)

Oceania: 1.400 (2.000)

Fonte: Relatório 2010 da Unaids

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