A escolha da sede para a preparação e treinamentos na Copa do Mundo já foi motivo de polêmica na seleção e até apontada como causa de mau resultado no torneio.
Em 2006, o Brasil chegou à Copa em alta para defender o título conquistado na Ásia quatro anos antes. Dentro de campo, o quadrado mágico formado por Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Adriano parecia não ter adversário.
Com o cenário favorável, a CBF faturou. Por US$ 1,5 milhão, a entidade escolheu a pacata Weggis na Suíça para o técnico Carlos Alberto Parreira treinar o time antes do Mundial.
Nas duas semanas, o pré-Copa na cidade com cenário de cartão-postal se transformou numa mistura de espetáculo e carnaval fora de hora.
A Kentaro, empresa que organizou a preparação, obrigou a seleção a fazer quase todos os treinos abertos para os fãs, que pagavam para entrar na improvisada arena com capacidade para 5.000 pessoas.
Parreira chegou em Weggis já criticando a falta de tranquilidade para o time. Os atletas não tinham privacidade. Desde o aquecimento, os torcedores aplaudiam os jogadores. O frio e a chuva da cidade suíça também irritaram os integrantes da comissão técnica.
Depois da derrota para a França, atletas apontaram o período na concentração suíça como um dos erros na preparação.
Após a badalação em Weggis, a CBF isolou o time na Alemanha. A delegação ficou em hotéis exclusivos e treinava em estádios fechados.
Quatro anos depois, Dunga não quis repetir Weggis. Na África do Sul, o Brasil se hospedou e treinou em Randburg, bairro nobre de Johannesburgo que. O técnico optou também por treinos fechados.
Em 2014, a CBF ficou na Granja Comary. A concentração foi reformada por R$ 32 milhões. Além da excelente estrutura do centro de treinamento, a entidade optou deixar o time em Teresópolis para evitar a pressão dos torcedores. A principal crítica era a temperatura baixa da cidade serrana. O time jogou duas vezes na quente Fortaleza.
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