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Estados Unidos e Gana lutam por objetivos distintos neste sábado
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DA FRANCE PRESSE
Gana e Estados Unidos se enfrentam neste sábado, às 15h30 [horário de Brasília], por uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo com dois objetivos distintos em Rustenburgo: defender o orgulho da África e manter firme o "sonho americano" do desenvolvimento do futebol no país.
O jogo é um duelo de estilos, com um futebol de toque e força física do lado dos ganenses contra o pragmatismo dos americanos, que também buscarão a revanche da derrota contra os africanos na Copa da Alemanha, em 2006 [derrota por 2 a1], que causou a eliminação na primeira fase.
Uma vitória significa uma perspectiva de semifinais, pois no caminho para essa fase não está nenhum dos times de tradição do futebol, como Brasil, Alemanha, Inglaterra ou Argentina.
"Vamos representar o continente", disse o zagueiro ganense John Paintsil, que declarou estar "realmente triste por ver as outras equipes africanas eliminadas na primeira fase".
Em sua segunda participação em oitavas de final, depois de perder para o Brasil na Alemanha-2006, Gana "vai corrigir os erros e trabalhar para que os atacantes sejam mais eficazes", explicou Paintsil.
"É difícil explicar essa falta de gol, já que tivemos muitas chances. Gostaria que marcassem mais gols", lamentou o treinador sérvio de Gana, Milovan Rajevac, que fez questão de frisar: esta partida "é realmente muito importante para nós e para toda a África".
Até agora, Gana marcou apenas em cobranças de pênaltis, as duas vezes por meio de seu atacante Asamoah Gyan, na vitória de 1-0 sobre a Sérvia e no empate de 1 a 1 com a Austrália. Em seu último encontro do grupo D, perdeu de 1-0 para a Alemanha, mas conseguiu ficar em segundo da chave, passando para as oitavas.
A equipe que sente a ausência de sua maior estrela Michael Essien, fora por lesão desde o começo da competição, espera se tornar a terceira africana a chegar às quartas de final, depois de Camarões em 1990 e Senegal em 2002.
Para isso, deverá concretizar suas oportunidades e não dar chances para os práticos americanos, que se classificaram como líderes de seu grupo com uma vitória no último minuto da vitória por 1 a 0 contra a Argélia, graças a um gol de Landon Donovan que deixou a Inglaterra em segundo lugar.
A campanha dos Estados Unidos começou com um empate em 1 a 1 contra os ingleses e com outro resultado igual após uma grande reação contra a Eslovênia, em jogo que terminou 2 a 2. Na ocasião, os norte-americanos reclamaram da arbitragem, que anulou um gol legítimo de Maurice Edu.
A disciplina é a principal arma da equipe de Bob Bradley, assim como os contra-ataques e a pressão que exercem em todos os setores do campo.
Os bons resultados desencadearam uma febre do futebol nos Estados Unidos, com direito a ligação do presidente Barack Obama para cumprimentar "os heróis" da seleção.
"Estamos escrevendo a história deste esporte nos Estados Unidos", lembrou Bob Bradley sobre o time que, que luta para aumentar a popularidade do esporte no país do beisebol, do basquete e do futebol americano.
"Isso vai levar tempo, 30, 40 ou 50 anos", considerou o auxiliar de Bradley, o francês Pierre Barrieu, que acredita que "os Estados Unidos estão no caminho certo".
Em caso de vitória, os Estados Unidos igualarão a marca das quartas que atingiram em Coreia do Sul/Japão-2002, que teve como estrela americana Landon Donovan, hoje capitão, líder e salvador da pátria americana.
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