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24/01/2005
-
17h07
da BBC Brasil
O fato de o brasileiro João José Vasconcelos não ter sido exibido no vídeo que foi enviado pelos seqüestradores à rede Al-Jazeera é preocupante, na opinião do especialista em segurança Will Geddes do ICP Group.
"A minha preocupação primeira seria com a saúde, o bem-estar do refém", diz Geddes, que acaba de chegar a Londres vindo do Iraque e é diretor da empresa de serviços e treinamento em segurança que atua em diversos países, entre eles a Colômbia, a Rússia e o Iraque.
Embora destaque o lado positivo de os seqüestradores terem apresentado material em vídeo como prova de vida, o consultor diz que é preciso tentar entender por que eles preferiram não mostrar Vasconcelos em pessoa.
Para o consultor, podem existir vários motivos para isso, como o temor de que a imagem do seqüestrado possa revelar a localização do cativeiro do brasileiro, desaparecido desde quarta-feira, quando seu carro foi atacado no Iraque.
'Esperança'
Para Geddes, o brasileiro que estaria sob poder do grupo Saraya (Brigadas) Al-Mujahadeen tem boas chances de libertação pelo retrospecto do grupo, que já libertou reféns em situações anteriores.
"É um sinal realmente muito bom. Sempre que nós negociamos a libertação de alguém, temos de levar em conta o modus operandi, ou a metodologia do grupo", explica o consultor de segurança.
Para ele, se as Brigadas Al-Mujahadeen já libertaram reféns por um ou outro motivo, existe uma grande esperança de que Vasconcelos também seja solto.
Já a proximidade das eleições no Iraque, marcadas para domingo, poderia ter alguma influência no desfecho do caso, mas para Geddes, o contato dos seqüestradores é que vai esclarecer a situação.
"A proximidade das eleições é outro fator que pode fazer diferença, mas, sem sabermos as exigências dos sequestradores, é difícil dizer", afirma Will Geddes.
Ele afirma que a ação contra o brasileiro pode até fazer parte de uma orquestração política contra as eleições, mas não há informações que confirmem isso.
Além disso, Geddes diz que é importante lembrar que a grande maioria da média de quase dez seqüestros por dia no Iraque tem motivo financeiro.
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ERIC BRÜCHER CAMARAda BBC Brasil
O fato de o brasileiro João José Vasconcelos não ter sido exibido no vídeo que foi enviado pelos seqüestradores à rede Al-Jazeera é preocupante, na opinião do especialista em segurança Will Geddes do ICP Group.
"A minha preocupação primeira seria com a saúde, o bem-estar do refém", diz Geddes, que acaba de chegar a Londres vindo do Iraque e é diretor da empresa de serviços e treinamento em segurança que atua em diversos países, entre eles a Colômbia, a Rússia e o Iraque.
Embora destaque o lado positivo de os seqüestradores terem apresentado material em vídeo como prova de vida, o consultor diz que é preciso tentar entender por que eles preferiram não mostrar Vasconcelos em pessoa.
Para o consultor, podem existir vários motivos para isso, como o temor de que a imagem do seqüestrado possa revelar a localização do cativeiro do brasileiro, desaparecido desde quarta-feira, quando seu carro foi atacado no Iraque.
'Esperança'
Para Geddes, o brasileiro que estaria sob poder do grupo Saraya (Brigadas) Al-Mujahadeen tem boas chances de libertação pelo retrospecto do grupo, que já libertou reféns em situações anteriores.
"É um sinal realmente muito bom. Sempre que nós negociamos a libertação de alguém, temos de levar em conta o modus operandi, ou a metodologia do grupo", explica o consultor de segurança.
Para ele, se as Brigadas Al-Mujahadeen já libertaram reféns por um ou outro motivo, existe uma grande esperança de que Vasconcelos também seja solto.
Já a proximidade das eleições no Iraque, marcadas para domingo, poderia ter alguma influência no desfecho do caso, mas para Geddes, o contato dos seqüestradores é que vai esclarecer a situação.
"A proximidade das eleições é outro fator que pode fazer diferença, mas, sem sabermos as exigências dos sequestradores, é difícil dizer", afirma Will Geddes.
Ele afirma que a ação contra o brasileiro pode até fazer parte de uma orquestração política contra as eleições, mas não há informações que confirmem isso.
Além disso, Geddes diz que é importante lembrar que a grande maioria da média de quase dez seqüestros por dia no Iraque tem motivo financeiro.
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