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25/01/2005
-
07h33
da BBC Brasil, em São Paulo
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou que o embaixador Affonso Celso de Ouro-Preto, representante especial para o Oriente Médio, viajará na manhã desta terça-feira para Amã, na Jordânia.
O objetivo da viagem é auxiliar nas negociações para a libertação do engenheiro João José Vasconcelos Júnior, da construtora Norberto Odebrecht, seqüestrado no Iraque na última quarta-feira.
Em entrevista coletiva, Amorim revelou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende telefonar para uma importante liderança da região do Oriente Médio, com intenção de discutir o assunto.
O nome do líder que será contactado por Lula não foi revelado pelo ministro, que alegou motivos de discrição em relação aos canais de negociação.
O chanceler também renovou o "apelo humanitário" para que o engenheiro seja libertado. "Essa situação não tem nenhum sentido, sobretudo no caso do Brasil, que foi contrário à invasão do Iraque", afirmou.
Esforço conjunto
Nesta segunda-feira, a Odebrecht e o governo brasileiro haviam afirmado que estão trabalhando em conjunto na tentativa de solucionar o seqüestro.
O tom dos novos pronunciamentos contrasta com a postura que a empresa e o Ministério das Relações Exteriores adotavam até a última sexta-feira, dois dias depois do desaparecimento do funcionário da Odebrecht.
Até então, o Itamaraty dizia respeitar a posição da construtora, que havia pedido para tratar do assunto sem interferências do governo. No comunicado desta segunda-feira, no entanto, a Odebrecht diz que mantém contato permanente com o ministério.
"A empresa e o Ministério das Relações Exteriores têm trabalhado em estreita coordenação e alinhamento, sem medir esforços na busca de solução favorável para o caso", afirma o texto assinado pela diretoria da construtora.
A nova nota oficial da Odebrecht, a quinta desde o seqüestro do engenheiro da empresa na última quarta-feira, diz ainda que, até agora, "não houve qualquer contato por parte dos seqüestradores".
'Sem dissonância'
Em Brasília, o Itamaraty reforçou as declarações da construtora. O governo diz ter intensificado os contatos com as embaixadas e representações do Brasil na região e acrescenta que um "trabalho conjunto" está sendo realizado de forma "paralela e sigilosa".
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "não há dissonância entre o trabalho do governo brasileiro e os esforços da construtora na condução das investigações e possíveis negociações".
No domingo, em entrevista à BBC Brasil, a irmã do engenheiro seqüestrado no Iraque, Isabel Vasconcelos, disse que a família do funcionário da Odebrecht espera contar com o apoio do Itamaraty para solucionar o caso.
"Nós achamos que não só o povo brasileiro como o governo brasileiro têm que saber que ele é um cidadão nosso", disse a irmã de João José Vasconcelos Júnior.
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DIEGO TOLEDOda BBC Brasil, em São Paulo
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou que o embaixador Affonso Celso de Ouro-Preto, representante especial para o Oriente Médio, viajará na manhã desta terça-feira para Amã, na Jordânia.
O objetivo da viagem é auxiliar nas negociações para a libertação do engenheiro João José Vasconcelos Júnior, da construtora Norberto Odebrecht, seqüestrado no Iraque na última quarta-feira.
Em entrevista coletiva, Amorim revelou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende telefonar para uma importante liderança da região do Oriente Médio, com intenção de discutir o assunto.
O nome do líder que será contactado por Lula não foi revelado pelo ministro, que alegou motivos de discrição em relação aos canais de negociação.
O chanceler também renovou o "apelo humanitário" para que o engenheiro seja libertado. "Essa situação não tem nenhum sentido, sobretudo no caso do Brasil, que foi contrário à invasão do Iraque", afirmou.
Esforço conjunto
Nesta segunda-feira, a Odebrecht e o governo brasileiro haviam afirmado que estão trabalhando em conjunto na tentativa de solucionar o seqüestro.
O tom dos novos pronunciamentos contrasta com a postura que a empresa e o Ministério das Relações Exteriores adotavam até a última sexta-feira, dois dias depois do desaparecimento do funcionário da Odebrecht.
Até então, o Itamaraty dizia respeitar a posição da construtora, que havia pedido para tratar do assunto sem interferências do governo. No comunicado desta segunda-feira, no entanto, a Odebrecht diz que mantém contato permanente com o ministério.
"A empresa e o Ministério das Relações Exteriores têm trabalhado em estreita coordenação e alinhamento, sem medir esforços na busca de solução favorável para o caso", afirma o texto assinado pela diretoria da construtora.
A nova nota oficial da Odebrecht, a quinta desde o seqüestro do engenheiro da empresa na última quarta-feira, diz ainda que, até agora, "não houve qualquer contato por parte dos seqüestradores".
'Sem dissonância'
Em Brasília, o Itamaraty reforçou as declarações da construtora. O governo diz ter intensificado os contatos com as embaixadas e representações do Brasil na região e acrescenta que um "trabalho conjunto" está sendo realizado de forma "paralela e sigilosa".
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "não há dissonância entre o trabalho do governo brasileiro e os esforços da construtora na condução das investigações e possíveis negociações".
No domingo, em entrevista à BBC Brasil, a irmã do engenheiro seqüestrado no Iraque, Isabel Vasconcelos, disse que a família do funcionário da Odebrecht espera contar com o apoio do Itamaraty para solucionar o caso.
"Nós achamos que não só o povo brasileiro como o governo brasileiro têm que saber que ele é um cidadão nosso", disse a irmã de João José Vasconcelos Júnior.
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