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27/01/2005
-
08h31
da BBC Brasil, em Porto Alegre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite de quarta-feira com cerca de 80 membros do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
Durante o encontro, Lula respondeu a perguntas de representantes das entidades que formam o conselho e disse que sempre será "um militante do movimento social".
Acompanhado por quatro ministros e três secretários de Estado, o presidente também justificou a sua presença no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao dizer que pretende tentar sensibilizar os participantes do evento para a importância do combate à fome.
Ao tentar explicar como planeja conciliar a participação nos fóruns de Porto Alegre e Davos, Lula sugeriu que o conteúdo do seu discurso nos dois eventos será o mesmo: com enfoque no combate à pobreza e na reforma das instituições multilaterais.
De acordo com o presidente, a diferença será a maneira como as suas idéias serão apresentadas porque os dois fóruns têm "funções diferentes". Em Porto Alegre, Lula disse que espera discutir soluções; em Davos, quer levar temas sociais para a agenda do encontro.
Líder sindical
Na reunião desta quarta-feira, ao fazer uma pergunta ao presidente, uma líder sindical reclamou que não conseguia entender Lula porque as respostas em português só eram traduzidas para o inglês, e ela só falava espanhol.
Em tom de brincadeira, o presidente respondeu que ele próprio antes se entendia melhor do que se entende agora. Em seguida, afirmou que os problemas que tinha de resolver eram mais simples quando ele também era apenas um líder sindical.
O presidente está na capital gaúcha para participar na manhã desta quinta-feira de um evento incluído na programação do Fórum Social: o lançamento da Chamada Global pela Ação contra a Pobreza.
A iniciativa, criada por um grupo de mais de 80 entidades da sociedade civil de todo o mundo, cobra dos países ricos medidas voltadas à redução da pobreza --incluindo o corte de subsídios, o cancelamento da dívida externa de países pobres e o aumento da ajuda humanitária aos países mais necessitados.
Vaias
No evento que abriu o Fórum Social Mundial, uma marcha --batizada de "Caminhada pela Paz"-- nas ruas do centro de Porto Alegre, manifestantes fizeram críticas ao governo federal e entoaram coros de protesto contra Lula.
Apesar disso, o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse que o governo espera que Lula seja recebido com entusiasmo pela platéia que vai acompanhar o discurso do presidente no ginásio Gigantinho.
"O governo não tem temor de vaias", disse Dulci. "Temos certeza de que o presidente será recebido pela ampla maioria com muito respeito."
"A relação do presidente com os movimentos sociais é muito aberta e permanente, independente de haver concordância integral em tudo", acrescentou o secretário-geral da Presidência.
Durante o encontro com membros do Conselho do Fórum de Porto Alegre, Lula afirmou que todos precisam estar prontos para vaias ou aplausos, em um sinal de que o discurso na capital gaúcha pode enfrentar alguma resistência.
Para o sociólogo Emir Sader, que participou do encontro com Lula na quarta-feira como representante do Conselho do Fórum, o presidente mostrou disposição para o diálogo, mas ainda não convenceu os críticos.
"Acho que há uma distância entre o movimento social, as reivindicações do Fórum de Porto Alegre, e as posições em geral do Lula", disse Emir Sader. "Em questões concretas, tais como agronegócios ou livre comércio por exemplo, há diferenças significativas."
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Lula diz que será sempre "militante do movimento social"
DIEGO TOLEDOda BBC Brasil, em Porto Alegre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite de quarta-feira com cerca de 80 membros do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
Durante o encontro, Lula respondeu a perguntas de representantes das entidades que formam o conselho e disse que sempre será "um militante do movimento social".
Acompanhado por quatro ministros e três secretários de Estado, o presidente também justificou a sua presença no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao dizer que pretende tentar sensibilizar os participantes do evento para a importância do combate à fome.
Ao tentar explicar como planeja conciliar a participação nos fóruns de Porto Alegre e Davos, Lula sugeriu que o conteúdo do seu discurso nos dois eventos será o mesmo: com enfoque no combate à pobreza e na reforma das instituições multilaterais.
De acordo com o presidente, a diferença será a maneira como as suas idéias serão apresentadas porque os dois fóruns têm "funções diferentes". Em Porto Alegre, Lula disse que espera discutir soluções; em Davos, quer levar temas sociais para a agenda do encontro.
Líder sindical
Na reunião desta quarta-feira, ao fazer uma pergunta ao presidente, uma líder sindical reclamou que não conseguia entender Lula porque as respostas em português só eram traduzidas para o inglês, e ela só falava espanhol.
Em tom de brincadeira, o presidente respondeu que ele próprio antes se entendia melhor do que se entende agora. Em seguida, afirmou que os problemas que tinha de resolver eram mais simples quando ele também era apenas um líder sindical.
O presidente está na capital gaúcha para participar na manhã desta quinta-feira de um evento incluído na programação do Fórum Social: o lançamento da Chamada Global pela Ação contra a Pobreza.
A iniciativa, criada por um grupo de mais de 80 entidades da sociedade civil de todo o mundo, cobra dos países ricos medidas voltadas à redução da pobreza --incluindo o corte de subsídios, o cancelamento da dívida externa de países pobres e o aumento da ajuda humanitária aos países mais necessitados.
Vaias
No evento que abriu o Fórum Social Mundial, uma marcha --batizada de "Caminhada pela Paz"-- nas ruas do centro de Porto Alegre, manifestantes fizeram críticas ao governo federal e entoaram coros de protesto contra Lula.
Apesar disso, o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse que o governo espera que Lula seja recebido com entusiasmo pela platéia que vai acompanhar o discurso do presidente no ginásio Gigantinho.
"O governo não tem temor de vaias", disse Dulci. "Temos certeza de que o presidente será recebido pela ampla maioria com muito respeito."
"A relação do presidente com os movimentos sociais é muito aberta e permanente, independente de haver concordância integral em tudo", acrescentou o secretário-geral da Presidência.
Durante o encontro com membros do Conselho do Fórum de Porto Alegre, Lula afirmou que todos precisam estar prontos para vaias ou aplausos, em um sinal de que o discurso na capital gaúcha pode enfrentar alguma resistência.
Para o sociólogo Emir Sader, que participou do encontro com Lula na quarta-feira como representante do Conselho do Fórum, o presidente mostrou disposição para o diálogo, mas ainda não convenceu os críticos.
"Acho que há uma distância entre o movimento social, as reivindicações do Fórum de Porto Alegre, e as posições em geral do Lula", disse Emir Sader. "Em questões concretas, tais como agronegócios ou livre comércio por exemplo, há diferenças significativas."
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