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06/07/2005 - 10h21

Escândalo "decreta morte do lulismo" e reduz "aura" do presidente, diz "Herald Tribune"

da BBC Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está perdendo a sua "aura", afirma nesta quarta-feira o jornal "International Herald Tribune".

O diário afirma que a mítica do presidente sobreviveu a uma série de desilusões causadas a seus eleitores mais tradicionais, como a manutenção de uma política econômica ortodoxa, porque acreditavam "em sua integridade".

"Mas nas últimas semanas tudo veio abaixo e foi decretada a morte do 'lulismo', como seu credo político é conhecido", diz o jornal.

O "IHT" se refere às denúncias de corrupção que atingem integrantes do PT e diz que a "vibrante imprensa" do país, que está publicando "história atrás de história" sobre o assunto, "poderia passar algumas dicas a colegas da América do Norte".

Na Grã-Bretanha, o "The Times" diz que Lula chega à Escócia para participar da cúpula do G8 "à sombra de um escândalo que provocou a pior crise nos dois anos e meio de vida do primeiro governo de esquerda de seu país".

Pesadelo

O caso também merece um editorial do "El País", segundo quem "o pesadelo de Lula" parece não ter fim e o "prestígio" do presidente "se deteriora a cada momento".

"As possibilidades de que ele aspire à reeleição nas eleições presidenciais de outubro do ano que vem se reduziram a um mínimo", diz o jornal.

O "El País" diz ainda que, "ironicamente, os únicos que cruzam os dedos para que a alternativa a Lula não seja algo pior são os empresários, satisfeitos com o resultado positivo que o programa de Lula teve para a economia e aterrados com o que pode ser um futuro sem ele".

Na Argentina, o "La Nación" diz que os empresários do país que têm negócios no Brasil continuam otimistas, apesar das denúncias contra o PT.

Segundo o jornal portenho, eles consideram que "a economia e o ambiente de negócios não serão afetados pela crise política das últimas semanas".

Algodão

O americano "Los Angeles Times" dedica espaço à decisão do governo George W. Bush de tentar eliminar subsídios ao algodão para "evitar uma retaliação brasileira que poderia ferir outras indústrias".

De acordo com a reportagem, a decisão pode engendrar uma batalha do "poderoso setor algodoeiro contra as indústrias do entretenimento, tecnológica e farmacêutica".

Isso porque o Brasil ameaçou adotar uma estratégia não muito comum para tentar fazer valer uma condenação aos subsídios pela Organização Mundial do Comércio.

"Normalmente um país impõe tarifas elevadas em uma cesta de produtos como retaliação em disputas comerciais, mas o Brasil está considerando adotar a incomum medida de suspender os direitos de propriedade intelectual de produtos americanos", afirma o "LA Times".

G8

Vários jornais comentam a reunião de cúpula do G8, que começa nesta quarta-feira na Escócia.

O "The New York Times" diz que "oito homens estão prestes a decidir o futuro de centenas de milhões de pessoas na África subsaariana" e que um pacote bem pensado para aumentar a ajuda aos países da região "poderiam reduzir bastante" a pobreza extrema a um custo reduzido.

O britânico "The Guardian" diz que a cúpula do G8 está começando sob expectativas que jamais foram tão altas para um evento do tipo, mas adverte que a eliminação da pobreza só será conseguida em um processo "longo" e "multifacetado".

E o alemão "Süddeutsche Zeitung" se mostra mais cético, dizendo que, para lutar contra a pobreza, os países ricos vão ter que fazer alguns sacrifícios, mas "pouco pode ser visto neste sentido nas políticas do norte em relação ao sul".

Já o "The Washington Times" prefere pegar no pé nas estimativas de quantas pessoas assistiram os shows do Live 8 divulgadas pelos organizadores do evento.

"O total foi de 3 milhões, 3 bilhões --ou quem sabe 3 zilhões", ironiza o jornal.

O texto deixa entender que é difícil acreditar nos 3 bilhões estimados por Bob Geldolf, e que os cálculos dos institutos de avaliação de audiência em vários países apontam para algo na casa de 60 milhões.

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