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23/07/2005
-
21h22
da BBC Brasil
O brasileiro Jean Charles de Menezes, morto na sexta-feira por policiais britânicos em uma estação do metrô de Londres, estava legalmente no Reino Unido, segundo seu primo, Alex Alves Pereira.
Menezes, que estava no país havia cerca de três anos, teria um visto de permanência válido por cinco anos.
Ainda segundo Pereira, Menezes falava inglês fluentemente e já havia sido revistado pela polícia há cerca de um mês.
"Desculpas não são suficientes. Acho que a morte do meu primo foi uma grande incompetência da polícia britânica", disse Pereira à BBC Brasil.
Dúvidas
Visivelmente abalado, ele afirmou duvidar que o primo tivesse fugido da polícia correndo, contrariamente ao que foi relatado por testemunhas na sexta-feira.
"Meu primo pegava um ônibus de casa até a estação, um trajeto que durava de 10 a 20 minutos", contou. "A polícia teve tempo suficiente para segui-lo e observá-lo."
Outra prima de Menezes, a estudante Patrícia Armani, disse à BBC não se lembrar que ele tivesse uma jaqueta acolchoada, o que também foi alegado como "motivo de suspeita" pela polícia.
"Ele quase nunca sentia frio. No inverno, saía até de camiseta", afirmou.
Armani negou que o primo estivesse envolvido em atividades extremistas ou tivesse algum motivo para tentar fugir da polícia.
"Ele era um brasileiro normal, uma pessoa cheia de vida", descreveu.
Pereira disse esperar que a comunidade brasileira no Reino Unido realize uma grande manifestação contra o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
"Meu primo foi uma vítima dos erros cometidos pelo governo."
Reconhecimento
A família foi informada pela polícia sobre a morte de Menezes por volta das 13h (hora local, 9h em Brasília).
Aproximadamente às 18h30 (14h30 em Brasília), Armani e Pereira fizeram a identificação do corpo.
Segundo eles, o rosto de Menezes não apresentava deformações. "Pelo que vi, os tiros foram na nuca, e a cabeça dele estava enfaixada", afirmou Pereira.
Pereira disse que o corpo de Menezes será enterrado no Brasil, mas não confirmou quando será feita a remoção.
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Brasileiro estava legalmente no Reino Unido, diz primo
RICARDO ACAMPORAda BBC Brasil
O brasileiro Jean Charles de Menezes, morto na sexta-feira por policiais britânicos em uma estação do metrô de Londres, estava legalmente no Reino Unido, segundo seu primo, Alex Alves Pereira.
Menezes, que estava no país havia cerca de três anos, teria um visto de permanência válido por cinco anos.
Ainda segundo Pereira, Menezes falava inglês fluentemente e já havia sido revistado pela polícia há cerca de um mês.
"Desculpas não são suficientes. Acho que a morte do meu primo foi uma grande incompetência da polícia britânica", disse Pereira à BBC Brasil.
Dúvidas
Visivelmente abalado, ele afirmou duvidar que o primo tivesse fugido da polícia correndo, contrariamente ao que foi relatado por testemunhas na sexta-feira.
"Meu primo pegava um ônibus de casa até a estação, um trajeto que durava de 10 a 20 minutos", contou. "A polícia teve tempo suficiente para segui-lo e observá-lo."
Outra prima de Menezes, a estudante Patrícia Armani, disse à BBC não se lembrar que ele tivesse uma jaqueta acolchoada, o que também foi alegado como "motivo de suspeita" pela polícia.
"Ele quase nunca sentia frio. No inverno, saía até de camiseta", afirmou.
Armani negou que o primo estivesse envolvido em atividades extremistas ou tivesse algum motivo para tentar fugir da polícia.
"Ele era um brasileiro normal, uma pessoa cheia de vida", descreveu.
Pereira disse esperar que a comunidade brasileira no Reino Unido realize uma grande manifestação contra o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
"Meu primo foi uma vítima dos erros cometidos pelo governo."
Reconhecimento
A família foi informada pela polícia sobre a morte de Menezes por volta das 13h (hora local, 9h em Brasília).
Aproximadamente às 18h30 (14h30 em Brasília), Armani e Pereira fizeram a identificação do corpo.
Segundo eles, o rosto de Menezes não apresentava deformações. "Pelo que vi, os tiros foram na nuca, e a cabeça dele estava enfaixada", afirmou Pereira.
Pereira disse que o corpo de Menezes será enterrado no Brasil, mas não confirmou quando será feita a remoção.
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