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02/08/2005
-
06h27
Na Argentina, o jornal Clarín destaca a visita ao Brasil do secretário de Tesouro americano, John Snow, afirmando que, "em meio ao escândalo de suborno e à crise política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com forte respaldo dos Estados Unidos".
O Clarín diz que Snow fez a primeira declaração pública de um alto funcionário do governo americano sobre a crise brasileira, manifestando apoio ao governo. Para o jornal, demonstrou que o governo de George W. Bush está longe de puxar o tapete de seu colega.
"A presença de Snow no Brasil se converteu assim em um respaldo inestimável para Lula", diz o Clarín.
"Até pouco depois do meio-dia (desta segunda-feira), quando Snow decidiu sair em apoio explícito ao governo, o céu parecia derrubar-se sobre Lula e sua equipe. A oposição (...) parecia empenhada em dar uma estocada definitiva contra Lula. Mas o governo dos Estados Unidos optou por se manter à margem de uma aventura onde tem pouco a ganhar e bastante a perder", conclui a reportagem.
Dirceu
Na Espanha, o El País fala sobre o depoimento do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu à CPI nesta terça-feira.
O jornal lembra que Dirceu vai se apresentar diante da comissão sob a luz de novas acusações, e comenta o anúncio do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, de colocar telões nas ruas para que o público possa acompanhar o depoimento.
"Segundo pessoas próximas a Dirceu, ele se sente abandonado tanto pelo partido como pelo governo, que ofereceriam sua cabeça à oposição para evitar a renúncia de Lula", diz o jornal, afirmando que Dirceu já declarou que não dava um passo sem que o presidente soubesse.
"A permanência de Lula no cargo vai depender muito do que conte Dirceu, já que o dilema é se Lula sabia ou não o que estava ocorrendo em seu governo e em seu partido que, segundo as investigações da Comissão de Investigação, pode ter lidado com até R$ 4 bilhões de dinheiro ilícito."
Bolton na ONU
Nos Estados Unidos, a nomeação do controverso John Bolton - sem a aprovação do Senado - para novo embaixador americano na ONU foi destaque no Christian Science Monitor.
"Ao nomear Bolton, Bush envia à ONU um crítico de longo tempo à organização, no momento em que os Estados Unidos pressionam por reformas significativas no modo como a ONU trabalha", afirma o CSM.
O jornal destaca que Bolton vai começar em uma posição enfraquecida, já que não contou com a aprovação do Senado americano e por conta da controvérsia criada em torno de sua nomeação.
"Mas especialistas na ONU acreditam que o mais importante, a longo prazo, será o tom usado por ele ao trabalhar com outros embaixadores e países", afirma o jornal.
Embaixador
Em editorial, o The New York Times critica duramente a indicação de Bolton, afirmando que a única coisa boa é que "enquanto Bolton estiver em Nova York, ele não vai estar provocando danos diplomáticos em nenhum outro lugar".
O NYT afirma que a nomeação "é claro, uma terrível notícia para as Nações Unidas, cujos diplomatas ouviram semanas de depoimentos no Senado sobre a falta de respeito de Bolton pela instituição e seu estilo profundamente não-diplomático e intimidador de trabalhar".
Segundo o jornal, o problema neste caso, desde o início, é que "Bush tem, claramente, pouco respeito pelas Nações Unidas ou pela diplomacia internacional em geral".
O NYT conclui dizendo que a ONU pode, certamente ser melhorada, mas que para tornar a instituição melhor, Bush teria que mostrar que tem uma visão do que as Nações Unidas devem ser. "E esta visão tem que começar por aceitar o fato de que outros países, além dos Estados Unidos, têm o direito de ter uma opinião e, algumas vezes, assumir a liderança", conclui.
Cogumelos
Na Grã-Bretanha, o jornal The Guardian traz uma reportagem sobre os pacientes da cefaléia em salvas - o pior tipo de dor de cabeça que existe - se queixando sobre a proibição, na Grã-Bretanha, da venda de cogumelos alucinógenos.
Os pacientes alegam que este é o único tratamento eficaz para a dor - que não tem cura - e que a qualidade de vida deles melhorou substancialmente depois que passaram a tomar a substância.
Até poucas semanas atrás, havia um brecha na lei britânica sobre o consumo de cogumelos, que permitia que eles fossem comercializados em seu estado natural, fresco, sem qualquer preparo.
Agora, a posse dos "cogumelos mágicos" é um crime punível com pena de até sete anos de prisão na Grã-Bretanha.
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da BBC BrasilNa Argentina, o jornal Clarín destaca a visita ao Brasil do secretário de Tesouro americano, John Snow, afirmando que, "em meio ao escândalo de suborno e à crise política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com forte respaldo dos Estados Unidos".
O Clarín diz que Snow fez a primeira declaração pública de um alto funcionário do governo americano sobre a crise brasileira, manifestando apoio ao governo. Para o jornal, demonstrou que o governo de George W. Bush está longe de puxar o tapete de seu colega.
"A presença de Snow no Brasil se converteu assim em um respaldo inestimável para Lula", diz o Clarín.
"Até pouco depois do meio-dia (desta segunda-feira), quando Snow decidiu sair em apoio explícito ao governo, o céu parecia derrubar-se sobre Lula e sua equipe. A oposição (...) parecia empenhada em dar uma estocada definitiva contra Lula. Mas o governo dos Estados Unidos optou por se manter à margem de uma aventura onde tem pouco a ganhar e bastante a perder", conclui a reportagem.
Dirceu
Na Espanha, o El País fala sobre o depoimento do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu à CPI nesta terça-feira.
O jornal lembra que Dirceu vai se apresentar diante da comissão sob a luz de novas acusações, e comenta o anúncio do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, de colocar telões nas ruas para que o público possa acompanhar o depoimento.
"Segundo pessoas próximas a Dirceu, ele se sente abandonado tanto pelo partido como pelo governo, que ofereceriam sua cabeça à oposição para evitar a renúncia de Lula", diz o jornal, afirmando que Dirceu já declarou que não dava um passo sem que o presidente soubesse.
"A permanência de Lula no cargo vai depender muito do que conte Dirceu, já que o dilema é se Lula sabia ou não o que estava ocorrendo em seu governo e em seu partido que, segundo as investigações da Comissão de Investigação, pode ter lidado com até R$ 4 bilhões de dinheiro ilícito."
Bolton na ONU
Nos Estados Unidos, a nomeação do controverso John Bolton - sem a aprovação do Senado - para novo embaixador americano na ONU foi destaque no Christian Science Monitor.
"Ao nomear Bolton, Bush envia à ONU um crítico de longo tempo à organização, no momento em que os Estados Unidos pressionam por reformas significativas no modo como a ONU trabalha", afirma o CSM.
O jornal destaca que Bolton vai começar em uma posição enfraquecida, já que não contou com a aprovação do Senado americano e por conta da controvérsia criada em torno de sua nomeação.
"Mas especialistas na ONU acreditam que o mais importante, a longo prazo, será o tom usado por ele ao trabalhar com outros embaixadores e países", afirma o jornal.
Embaixador
Em editorial, o The New York Times critica duramente a indicação de Bolton, afirmando que a única coisa boa é que "enquanto Bolton estiver em Nova York, ele não vai estar provocando danos diplomáticos em nenhum outro lugar".
O NYT afirma que a nomeação "é claro, uma terrível notícia para as Nações Unidas, cujos diplomatas ouviram semanas de depoimentos no Senado sobre a falta de respeito de Bolton pela instituição e seu estilo profundamente não-diplomático e intimidador de trabalhar".
Segundo o jornal, o problema neste caso, desde o início, é que "Bush tem, claramente, pouco respeito pelas Nações Unidas ou pela diplomacia internacional em geral".
O NYT conclui dizendo que a ONU pode, certamente ser melhorada, mas que para tornar a instituição melhor, Bush teria que mostrar que tem uma visão do que as Nações Unidas devem ser. "E esta visão tem que começar por aceitar o fato de que outros países, além dos Estados Unidos, têm o direito de ter uma opinião e, algumas vezes, assumir a liderança", conclui.
Cogumelos
Na Grã-Bretanha, o jornal The Guardian traz uma reportagem sobre os pacientes da cefaléia em salvas - o pior tipo de dor de cabeça que existe - se queixando sobre a proibição, na Grã-Bretanha, da venda de cogumelos alucinógenos.
Os pacientes alegam que este é o único tratamento eficaz para a dor - que não tem cura - e que a qualidade de vida deles melhorou substancialmente depois que passaram a tomar a substância.
Até poucas semanas atrás, havia um brecha na lei britânica sobre o consumo de cogumelos, que permitia que eles fossem comercializados em seu estado natural, fresco, sem qualquer preparo.
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