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06/08/2005
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08h54
No dia 6 de agosto de 1945, pela primeira vez na história, uma bomba atômica era utilizada em uma operação militar.
Exatamente às 8h15 no horário local, a bomba apelidada de "Little Boy" era detonada a cerca de 500 metros do chão em Hiroshima, com uma potência equivalente a 20 mil toneladas de TNT e 3 mil graus centígrados, o dobro do necessário para derreter ferro.
A cidade de Hiroshima, uma base militar e importante porto, teria sido escolhida porque ainda estava intacta em meio aos bombardeios da Segundo Guerra Mundial.
Mas as condições do tempo também definiram Hiroshima como alvo. Se a área estivesse muito nublada, as outras opções seriam Kokura e Nagasaki --essa última seria bombardeada com a arma nuclear três dias depois, o que levou os japoneses a se renderem, colocando um fim à guerra.
As estimativas sobre o número de mortos em Hiroshima variam, mas acredita-se que pelo menos 120 mil pessoas tenham morrido na primeira semana após a explosão --isso representava um terço da população da cidade na época.
Milhares de sobreviventes da explosão com ferimentos que, em alguns casos, não eram tão graves, acabaram morrendo porque não havia assistência médica. Muitos também morreram em função dos efeitos nocivos da radiação.
Segredo
Quando o avião B-29 da força aérea americana --o Enola Gay-- decolou na ilha Tinian, no Oceano Pacífico, a comunidade internacional não sabia sobre a arma letal que ele carregava em direção a Hiroshima.
A bomba atômica foi desenvolvida em uma base secreta que o governo dos Estados Unidos construiu na época da Segunda Guerra Mundial, nas montanhas remotas do Novo México.
Nessa cidade foi construído o laboratório para desenvolver a arma nuclear que decidiria a Segunda Guerra.
Cerca de 8 mil pessoas, entre cientistas e suas famílias, engenheiros, técnicos, militares e pessoal de apoio, moravam na cidade.
Eles tinham praticamente desaparecido do resto do mundo, criando sua própria comunidade.
Cada um tinha um papel no projeto, mas poucos conheciam a magnitude do trabalho.
"O projeto de Los Alamos foi o maior segredo que já existiu", disse o soldado Daniel Yearout, que estava baseado na cidade secreta.
No dia 16 de julho, os cientistas realizaram o primeiro teste. A explosão pôde ser vista a 400 quilômetros de distância.
Mas para manter o segredo, a mídia foi informada de que tinha ocorrido uma explosão de um depósito de munições de uma base militar nas redondezas.
Debate
Para Yearout, o projeto ajudou a apressar o fim da guerra, salvando muitas vidas de japoneses e americanos.
Os Estados Unidos previam que uma batalha levaria à morte de 1 milhão de japoneses e americanos.
No entanto, outros alegam que o governo japonês já estava pronto para se render e que, por isso, a bomba atômica teria sido desnecessária.
Alguns cientistas envolvidos no projeto acabaram se tornando ativistas de campanhas contra armas nucleares.
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Base militar e tempo definiram escolha de Hiroshima
da BBC BrasilNo dia 6 de agosto de 1945, pela primeira vez na história, uma bomba atômica era utilizada em uma operação militar.
Exatamente às 8h15 no horário local, a bomba apelidada de "Little Boy" era detonada a cerca de 500 metros do chão em Hiroshima, com uma potência equivalente a 20 mil toneladas de TNT e 3 mil graus centígrados, o dobro do necessário para derreter ferro.
A cidade de Hiroshima, uma base militar e importante porto, teria sido escolhida porque ainda estava intacta em meio aos bombardeios da Segundo Guerra Mundial.
Mas as condições do tempo também definiram Hiroshima como alvo. Se a área estivesse muito nublada, as outras opções seriam Kokura e Nagasaki --essa última seria bombardeada com a arma nuclear três dias depois, o que levou os japoneses a se renderem, colocando um fim à guerra.
As estimativas sobre o número de mortos em Hiroshima variam, mas acredita-se que pelo menos 120 mil pessoas tenham morrido na primeira semana após a explosão --isso representava um terço da população da cidade na época.
Milhares de sobreviventes da explosão com ferimentos que, em alguns casos, não eram tão graves, acabaram morrendo porque não havia assistência médica. Muitos também morreram em função dos efeitos nocivos da radiação.
Segredo
Quando o avião B-29 da força aérea americana --o Enola Gay-- decolou na ilha Tinian, no Oceano Pacífico, a comunidade internacional não sabia sobre a arma letal que ele carregava em direção a Hiroshima.
A bomba atômica foi desenvolvida em uma base secreta que o governo dos Estados Unidos construiu na época da Segunda Guerra Mundial, nas montanhas remotas do Novo México.
Nessa cidade foi construído o laboratório para desenvolver a arma nuclear que decidiria a Segunda Guerra.
Cerca de 8 mil pessoas, entre cientistas e suas famílias, engenheiros, técnicos, militares e pessoal de apoio, moravam na cidade.
Eles tinham praticamente desaparecido do resto do mundo, criando sua própria comunidade.
Cada um tinha um papel no projeto, mas poucos conheciam a magnitude do trabalho.
"O projeto de Los Alamos foi o maior segredo que já existiu", disse o soldado Daniel Yearout, que estava baseado na cidade secreta.
No dia 16 de julho, os cientistas realizaram o primeiro teste. A explosão pôde ser vista a 400 quilômetros de distância.
Mas para manter o segredo, a mídia foi informada de que tinha ocorrido uma explosão de um depósito de munições de uma base militar nas redondezas.
Debate
Para Yearout, o projeto ajudou a apressar o fim da guerra, salvando muitas vidas de japoneses e americanos.
Os Estados Unidos previam que uma batalha levaria à morte de 1 milhão de japoneses e americanos.
No entanto, outros alegam que o governo japonês já estava pronto para se render e que, por isso, a bomba atômica teria sido desnecessária.
Alguns cientistas envolvidos no projeto acabaram se tornando ativistas de campanhas contra armas nucleares.
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