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05/08/2005
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14h35
Após o ataque dos Estados Unidos a Hiroshima, há 60 anos, o mundo presenciou outros momentos críticos de acidentes e ameaças nucleares, como a crise dos mísseis em Cuba em 1962 e o acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
A linha do tempo abaixo destaca momentos de tensão e acidentes que mostraram o risco nuclear que o mundo enfrenta.
1948 - Crise de Berlim
Em resposta ao bloqueio de Berlim Ocidental pela União Soviética, os Estados Unidos estacionam bombardeiros B-29 de longo alcance no Reino Unido, planejando lançar bombas atômicas no território soviético. Apesar de pouco tempo antes terem sido aliadas contra a Alemanha nazista, as duas superpotências mundiais tornam-se inimigas ferrenhas, dando início à Guerra Fria.
1949 - A primeira bomba soviética
Os soviéticos completam o desenvolvimento de sua primeira bomba nuclear, quebrando o monopólio da tecnologia exercido até então pelos Estados Unidos. Para Stalin, apenas a paridade nuclear permitiria à União Soviética proteger-se de um ataque americano.
1952 - EUA testam a bomba H
Os testes da primeira bomba de hidrogênio vaporizam a ilha de Elugelab, no oceano Pacífico. Acionada por meio da fusão dos átomos de hidrogênio, produzindo hélio, a bomba H possui poder destrutivo centenas de vezes superior ao da atômica. O projeto reafirmou a supremacia nuclear americana.
1957 - Lançamento do Sputnik 1
O lançamento do primeiro satélite orbital, o Sputnik 1, tornou os soviéticos capazes de realizar ataques em qualquer lugar do planeta por meio de foguetes intercontinentais. Para neutralizar essa vantagem soviética, os americanos foram obrigados a investir na custosa tecnologia de foguetes de alcance tão amplo.
1960 - Submarino atômico
O primeiro submarino atômico a entrar em operação foi o Nautilus, lançado pelos Estados Unidos em 1954. Entretanto, somente em 1960 um submarino nuclear americano, o USS George, mostra-se capaz de lançar um míssil balístico, o que leva os Estados Unidos a mudar sua estratégia de ataque, fortalecendo o papel da Marinha.
1962 - Crise dos mísseis em Cuba
O mundo fica à beira de uma guerra nuclear. Sob a justificativa de uma ameaça americana a Cuba, a União Soviética instala mísseis nucleares na ilha comunista, apontados para o território americano. Em resposta, os Estados Unidos abordam navios soviéticos no Caribe para impedir o desembarque de suprimentos em Cuba. A crise termina quando os soviéticos removem seus mísseis, e os Estados Unidos retiram suas ogivas nucleares da Turquia.
1972 - URSS e EUA assinam Salt 1
Planejado para desestimular um primeiro ataque, Estados Unidos e União Soviética assinam o Salt 1, um tratado que limita a construção de escudos defensivos contra ofensivas por mísseis antibalísticos. O arsenal nuclear passa a ser utilizado para prevenir ataques, à medida que ambas as superpotências ficam vulneráveis.
1979 - Three Mile Island
Uma série de erros humanos e mecânicos levaram a um derretimento parcial do reator nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em 28 de março, liberando nuvens de partículas radioativas na atmosfera. Por cinco dias, acreditava-se que uma catástrofe nuclear poderia acontecer. O acidente provocou paralisação na indústria nuclear americana, que somente em 2004 voltou a dar sinais de vida.
1986 (26 de abril) - Chernobyl, Ucrânia
Explosão de quarto reatores libera material radioativo no que é considerado o mais devastador acidente da indústria nuclear já ocorrido no mundo. O governo soviético tenta ocultar a dimensão do desastre, mas a radioatividade é detectada na Europa Ocidental.
1987 - A contaminação pelo Césio em Goiânia
A exposição a cápsulas de Césio-137 em Goiânia, capital de Goiás, no Brasil, contamina pelo menos 620 pessoas. Cerca de 65 mortes podem estar relacionadas ao acidente, que é tido como o mais grave desastre radioativo do hemisfério ocidental. As cápsulas foram encontradas por dois sucateiros nas antigas dependências do Instituto Goiano de Radioterapia. Além da tragédia humana, a contaminação mostra falhas estruturais no sistema de segurança de unidades radioativas no Brasil.
2000 (agosto) - Submarino russo naufraga
O submarino nuclear Kursk afunda no mar de Barents, no norte da Rússia, provocando a morte de todos os 118 tripulantes. Além de expor a precariedade das Forças Armadas russas, o naufrágio foi mais um exemplo da insegurança existente nas instalações nucleares do país.
2003 - Paquistão e Índia testam mísseis
Com o fim da Guerra Fria, tensões regionais passaram a dominar as atenções do mundo. O agravamento do conflito na Caxemira acirrou a rivalidade entre Índia e Paquistão, que demonstraram seu potencial nuclear nos testes realizados em 2003. O exercício envolveu mísseis de curto alcance com ogivas nucleares.
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Ameaças nucleares e acidentes marcaram fase pós-Hiroshima
da BBC BrasilApós o ataque dos Estados Unidos a Hiroshima, há 60 anos, o mundo presenciou outros momentos críticos de acidentes e ameaças nucleares, como a crise dos mísseis em Cuba em 1962 e o acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
A linha do tempo abaixo destaca momentos de tensão e acidentes que mostraram o risco nuclear que o mundo enfrenta.
1948 - Crise de Berlim
Em resposta ao bloqueio de Berlim Ocidental pela União Soviética, os Estados Unidos estacionam bombardeiros B-29 de longo alcance no Reino Unido, planejando lançar bombas atômicas no território soviético. Apesar de pouco tempo antes terem sido aliadas contra a Alemanha nazista, as duas superpotências mundiais tornam-se inimigas ferrenhas, dando início à Guerra Fria.
1949 - A primeira bomba soviética
Os soviéticos completam o desenvolvimento de sua primeira bomba nuclear, quebrando o monopólio da tecnologia exercido até então pelos Estados Unidos. Para Stalin, apenas a paridade nuclear permitiria à União Soviética proteger-se de um ataque americano.
1952 - EUA testam a bomba H
Os testes da primeira bomba de hidrogênio vaporizam a ilha de Elugelab, no oceano Pacífico. Acionada por meio da fusão dos átomos de hidrogênio, produzindo hélio, a bomba H possui poder destrutivo centenas de vezes superior ao da atômica. O projeto reafirmou a supremacia nuclear americana.
1957 - Lançamento do Sputnik 1
O lançamento do primeiro satélite orbital, o Sputnik 1, tornou os soviéticos capazes de realizar ataques em qualquer lugar do planeta por meio de foguetes intercontinentais. Para neutralizar essa vantagem soviética, os americanos foram obrigados a investir na custosa tecnologia de foguetes de alcance tão amplo.
1960 - Submarino atômico
O primeiro submarino atômico a entrar em operação foi o Nautilus, lançado pelos Estados Unidos em 1954. Entretanto, somente em 1960 um submarino nuclear americano, o USS George, mostra-se capaz de lançar um míssil balístico, o que leva os Estados Unidos a mudar sua estratégia de ataque, fortalecendo o papel da Marinha.
1962 - Crise dos mísseis em Cuba
O mundo fica à beira de uma guerra nuclear. Sob a justificativa de uma ameaça americana a Cuba, a União Soviética instala mísseis nucleares na ilha comunista, apontados para o território americano. Em resposta, os Estados Unidos abordam navios soviéticos no Caribe para impedir o desembarque de suprimentos em Cuba. A crise termina quando os soviéticos removem seus mísseis, e os Estados Unidos retiram suas ogivas nucleares da Turquia.
1972 - URSS e EUA assinam Salt 1
Planejado para desestimular um primeiro ataque, Estados Unidos e União Soviética assinam o Salt 1, um tratado que limita a construção de escudos defensivos contra ofensivas por mísseis antibalísticos. O arsenal nuclear passa a ser utilizado para prevenir ataques, à medida que ambas as superpotências ficam vulneráveis.
1979 - Three Mile Island
Uma série de erros humanos e mecânicos levaram a um derretimento parcial do reator nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em 28 de março, liberando nuvens de partículas radioativas na atmosfera. Por cinco dias, acreditava-se que uma catástrofe nuclear poderia acontecer. O acidente provocou paralisação na indústria nuclear americana, que somente em 2004 voltou a dar sinais de vida.
1986 (26 de abril) - Chernobyl, Ucrânia
Explosão de quarto reatores libera material radioativo no que é considerado o mais devastador acidente da indústria nuclear já ocorrido no mundo. O governo soviético tenta ocultar a dimensão do desastre, mas a radioatividade é detectada na Europa Ocidental.
1987 - A contaminação pelo Césio em Goiânia
A exposição a cápsulas de Césio-137 em Goiânia, capital de Goiás, no Brasil, contamina pelo menos 620 pessoas. Cerca de 65 mortes podem estar relacionadas ao acidente, que é tido como o mais grave desastre radioativo do hemisfério ocidental. As cápsulas foram encontradas por dois sucateiros nas antigas dependências do Instituto Goiano de Radioterapia. Além da tragédia humana, a contaminação mostra falhas estruturais no sistema de segurança de unidades radioativas no Brasil.
2000 (agosto) - Submarino russo naufraga
O submarino nuclear Kursk afunda no mar de Barents, no norte da Rússia, provocando a morte de todos os 118 tripulantes. Além de expor a precariedade das Forças Armadas russas, o naufrágio foi mais um exemplo da insegurança existente nas instalações nucleares do país.
2003 - Paquistão e Índia testam mísseis
Com o fim da Guerra Fria, tensões regionais passaram a dominar as atenções do mundo. O agravamento do conflito na Caxemira acirrou a rivalidade entre Índia e Paquistão, que demonstraram seu potencial nuclear nos testes realizados em 2003. O exercício envolveu mísseis de curto alcance com ogivas nucleares.
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