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07/01/2006 - 18h11

Chileno vai assumir comando das tropas no Haiti

CAROLINA GLYCERIO
da BBC Brasil, em Miami

Com a morte do general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, o comando das tropas da ONU no Haiti passa para o general de brigada chileno Eduardo Aldunate, informou a assessoria de Comunicação do batalhão brasileiro no país.

Bacellar foi encontrado morto neste sábado em seu quarto de hotel na capital do país, Porto Príncipe.

Aldunate, que era vice de Bacellar, assume o posto interinamente, mas, segundo a assessoria do batalhão brasileiro, deverá ser posteriormente substituído por um militar de mais alta patente.

Ainda de acordo com um representante do batalhão, a escolha do novo comandante é uma decisão da ONU. "É a ONU que convida um país a assumir o comando das tropas", disse o militar.

O Brasil está à frente do contingente militar da Minustah (missão de paz da ONU no Haiti, na sigla em francês) desde a chegada das tropas ao país, em junho de 2004, quatro meses depois da queda do então presidente Jean Bertrand Aristide.

Antes de Bacellar, que assumiu o comando das tropas em agosto do ano passado, a força multinacional de 7.500 soldados era liderada pelo também brasileiro Augusto Heleno Ribeiro.

O comando das tropas de paz vai tradicionalmente para um dos países que participam da missão, mas não necessariamente desta vez irá para o Brasil, que até o ano passado tinha o maior número de militares no Haiti.

Essa situação mudou em novembro, quando o número de militares jordanianos chegou a 1.500 (contra 1.200 do Brasil).

Suicídio não confirmado

As circunstâncias da morte de Bacellar, encontrado morto com um tiro na cabeça, ainda não foram esclarecidas pela Minustah.

A hipótese de suicídio, inicialmente veiculada por representantes da própria ONU, ainda não foi confirmada.

A morte do general ocorre um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU ter exigido a realização de eleições no Haiti até o próximo dia 7 de fevereiro.

A votação, que seria a primeira desde a destituição do presidente Jean Bertrand Aristide, já foi adiada quatro vezes e uma nova data ainda não foi marcada.

Os adiamentos são atribuídos à falta de segurança e de infra-estrutura para a votação, com problemas, por exemplo, na distribuição de títulos eleitorais.

As forças da ONU vinham sendo criticadas por não conseguirem conter a violência no país, quase dois anos depois da queda de Aristide.

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