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28/07/2006 - 08h26

Paz só vem com fim da ocupação de terras, diz ministra síria

SARAH RAINSFORD
da BBC Brasil, em Damasco

O governo sírio afirmou que não se surpreendeu quando discussões em Roma, na quarta-feira, fracassaram na suspensão da crise entre Israel e o Líbano, porque dois dos países-chave --Síria e Irã-- não foram convidados para o encontro.

A ministra síria Bouthaina Shaaban disse que os combates no Líbano vão continuar até que se lide com as causas do conflito -- "a ocupação israelense de terras árabes".

"A paz não pode ser obtida a menos que seja uma paz ampla, porque se houver um grupo árabe cujo território ainda esteja ocupado, um dia a violência vai eclodir", disse ela.

Para a representante síria, é necessária vontade política e, "até agora nem Israel nem os Estados Unidos têm vontade política para ter paz, paz ampla no Oriente Médio".

Segundo Shaaban, nenhum representante americano ou intermediário contactou o governo sírio antes ou depois do encontro de Roma, embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha pedido na reunião uma relação construtiva com a Síria.

Condições

A ministra afirmou que a Síria deseja usar a sua influência sobre o Hizbollah, sob determinadas condições, que incluem um cessar-fogo, troca de prisioneiros e conversações sobre território com Israel.

Os Estados Unidos e a Síria estão pedindo a mesma coisa no Líbano - uma solução para o aconflito que seja duradoura por lidar com a causa dos combates. Para os Estados Unidos isso significa desarmar o Hizbollah.

Aqui na Síria, significa o fim de qualquer ocupação israelense de terras árabes --o fator que levou à própria criação do Hizbollah.

A ministra deixou claro que a Síria só desempenharia um papel em discussões de paz que colocassem o status das Colinas de Golã na mesa. A área da Síria foi ocupada por Israel há 40 anos.

Mas o governo americano ainda está se recusando a envolver a Síria. Ele insiste que o país está patrocinando um "movimento terrorista", o Hizbollah.

Mas aqui o grupo é visto como uma resistência legítima, que está ganhando cada vez mais apoio nas ruas com a continuação dos combates no Líbano.

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