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27/05/2009 - 07h10

Empresários argentinos querem revisão da entrada da Venezuela no Mercosul

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em Buenos Aires

A UIA (União Industrial Argentina), que reúne industriais do país, divulgou comunicado, na terça-feira, pedindo que seja "revista a entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul."

No texto, a UIA justifica o pedido após o governo venezuelano do presidente Hugo Chávez ter estatizado "empresas de capitais do Mercosul".

Na última sexta-feira, Chávez anunciou a nacionalização de três empresas do grupo argentino Techint, do setor siderúrgico. A medida provocou reações de repúdio público das principais entidades empresariais da Argentina, como a UIA, de setores como construção, bancos, comércio, e de entidades sindicais como a CGT (Central Geral dos Trabalhadores).

No comunicado de terça-feira, a UIA justificou seu pedido para que a Venezuela não seja integrante pleno do Mercosul. "Atenta às reiteradas ações da Venezuela, que envolveram a estatização de empresas de capitais de origem do Mercosul, a UIA solicita às autoridades argentinas a revisão da decisão de incorporar a Venezuela como membro pleno deste mercado", diz o texto.

Brasil

Para a UIA, o governo venezuelano "coloca em risco o processo de integração regional".

No texto, a união industrial repercute afirmações feitas por Chávez, na terça-feira, em Salvador, na Bahia, onde se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"As recentes declarações do presidente Hugo Chávez de que os investimentos brasileiros não serão incluídos no processo de estatização do governo parecem estimular a divisão entre os países do bloco."

Numa reunião a portas fechadas com Lula e outras autoridades brasileiras, Chávez destacou que as estatizações não afetariam empresas do Brasil. "Estamos numa fase de nacionalizações de empresas, menos as brasileiras", disse.

A declaração foi ouvida pelos jornalistas que cobriam o encontro e usavam fones de ouvido para a tradução de espanhol para o português.

Ao lado do presidente Lula, Chávez defendeu as estatizações que envolvem empresas argentinas.

Em Buenos Aires, a presidente argentina Cristina Kirchner disse que cada país "é soberano" para adotar suas decisões. E destacou que, por pedido de seu governo, a Techint está sendo ressarcida pela nacionalização anterior realizada pelo governo Chávez. "Mas lamento que não depositem o dinheiro na Argentina", ressaltou.

No comunicado, a UIA destaca ainda que entidades similares de outros países do Mercosul analisam ações conjuntas contra as estatizações. Para isso, informa-se, foi marcada reunião do Conselho Industrial do Mercosul, nos próximos dias, em Montevidéu, no Uruguai.

Comentários dos leitores
Noel Samways (126) 02/02/2010 19h02
Noel Samways (126) 02/02/2010 19h02
Chavez gastou os petrodólares em propaganda, eleições dos vizinhos, armas e bobagens. Agora colhe o resultado de sua inépcia, imprevidência e desvio de recursos, pois não consegue nem ajudar o Haiti; torce pelo aumento do barril de petróleo, o que nos prejudicaria. De que lado das ruas de Caracas vamos ficar então? Ajudando Chavez? Ora... sem opinião
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leilah alves (11) 02/02/2010 18h29
leilah alves (11) 02/02/2010 18h29
Gente essa coisa que os governantes aspirantes a ditadores estão bebendo é o mesmo que essa sr.Eduardo faz uso...Ha muito não vejo tanta asneira nos blogs,O que tem haver Israel,EEUU com o que chaves está fazendo? Meu Deus ,o que é que é isso? sem opinião
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Daniel X (1) 02/02/2010 10h51
Daniel X (1) 02/02/2010 10h51
Ô Eduardo, em vez de escrever tanta besteira vê se volta para a escola. "Ofenciva" é demais, parece que estudou nas cátedras bolivarianas! 4 opiniões
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