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18/05/2007
-
16h11
da BBC, em Bruxelas
A reunião do G4 --grupo de países que negociam a Rodada Doha, de liberalização do comércio internacional-- terminou nesta sexta-feira, em Bruxelas, com otimismo geral e com a promessa do Brasil de buscar "fórmulas criativas" para garantir uma "abertura real" de seu mercado de serviços, segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
"O Brasil está falando seriamente", disse Amorim, em resposta a recentes declarações do comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, de que o país não estaria dando a devida importância aos setores de serviços e bens industriais, considerados de grande interesse pelos europeus, que estão de olho no mercado brasileiro de automóveis e produtos químicos.
"Lamento que o Brasil não tenha feito mais pedidos em serviços, porque tem potencial para ser mais ofensivo [nessa área]", afirmou.
Esta foi a primeira reunião em que os representantes do G4 (formado por Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia) trataram a fundo temas relacionados a esses dois setores, o que indica avances também no capítulo relacionado à agricultura.
Apesar de nenhum dos envolvidos nas negociações revelar as cifras das possíveis concessões, o Brasil sempre condicionou qualquer abertura em bens e serviços a uma oferta satisfatória na agricultura por parte da União Européia e dos Estados Unidos.
Conclusão
Segundo Amorim, os dois dias de intensas reuniões no castelo Val Duchesse, em Bruxelas, permitiram definir as linhas gerais do acordo. Ainda faltam concretizar as fórmulas para aplicar os cortes em tarifas e subsídios.
Em um comunicado conjunto, o G4 se disse "comprometido e esperançoso" de que a Rodada Doha poderá ser concluída até o final deste ano.
Amorim acredita que o esboço do acordo será fechado na próxima reunião ministerial, que deverá ser realizada de 19 a 22 de junho em algum lugar da Europa, ainda não determinado.
Antes disso, Doha deverá estar na pauta da próxima reunião do G8 (dos países industrializados mais ricos do mundo), de 6 a 8 de junho, na Alemanha, da qual participarão, a convite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os chefes de Estado do México, China, África do Sul e Índia.
As negociações foram lançadas há quase seis anos com o objetivo de liberalizar o mercado mundial. Um impasse --envolvendo os subsídios e tarifas aplicados à agricultura pelos países mais ricos e o protecionismo que países em desenvolvimento exigem para seus mercados de bens e serviços-- impede a conclusão da Rodada.
Todos os países envolvidos admitem que é imprescindível fechar um esboço detalhado do acordo na reunião de junho.
Caso contrário, Doha não poderá ser concluída até o final deste ano e provavelmente será deixada de lado por pelos menos dois anos, devido às eleições nos Estados Unidos, em 2008, e na Índia, em 2009.
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Brasil promete "abertura real" do setor de serviços na Rodada Doha
MÁRCIA BIZZOTOda BBC, em Bruxelas
A reunião do G4 --grupo de países que negociam a Rodada Doha, de liberalização do comércio internacional-- terminou nesta sexta-feira, em Bruxelas, com otimismo geral e com a promessa do Brasil de buscar "fórmulas criativas" para garantir uma "abertura real" de seu mercado de serviços, segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
"O Brasil está falando seriamente", disse Amorim, em resposta a recentes declarações do comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, de que o país não estaria dando a devida importância aos setores de serviços e bens industriais, considerados de grande interesse pelos europeus, que estão de olho no mercado brasileiro de automóveis e produtos químicos.
"Lamento que o Brasil não tenha feito mais pedidos em serviços, porque tem potencial para ser mais ofensivo [nessa área]", afirmou.
Esta foi a primeira reunião em que os representantes do G4 (formado por Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia) trataram a fundo temas relacionados a esses dois setores, o que indica avances também no capítulo relacionado à agricultura.
Apesar de nenhum dos envolvidos nas negociações revelar as cifras das possíveis concessões, o Brasil sempre condicionou qualquer abertura em bens e serviços a uma oferta satisfatória na agricultura por parte da União Européia e dos Estados Unidos.
Conclusão
Segundo Amorim, os dois dias de intensas reuniões no castelo Val Duchesse, em Bruxelas, permitiram definir as linhas gerais do acordo. Ainda faltam concretizar as fórmulas para aplicar os cortes em tarifas e subsídios.
Em um comunicado conjunto, o G4 se disse "comprometido e esperançoso" de que a Rodada Doha poderá ser concluída até o final deste ano.
Amorim acredita que o esboço do acordo será fechado na próxima reunião ministerial, que deverá ser realizada de 19 a 22 de junho em algum lugar da Europa, ainda não determinado.
Antes disso, Doha deverá estar na pauta da próxima reunião do G8 (dos países industrializados mais ricos do mundo), de 6 a 8 de junho, na Alemanha, da qual participarão, a convite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os chefes de Estado do México, China, África do Sul e Índia.
As negociações foram lançadas há quase seis anos com o objetivo de liberalizar o mercado mundial. Um impasse --envolvendo os subsídios e tarifas aplicados à agricultura pelos países mais ricos e o protecionismo que países em desenvolvimento exigem para seus mercados de bens e serviços-- impede a conclusão da Rodada.
Todos os países envolvidos admitem que é imprescindível fechar um esboço detalhado do acordo na reunião de junho.
Caso contrário, Doha não poderá ser concluída até o final deste ano e provavelmente será deixada de lado por pelos menos dois anos, devido às eleições nos Estados Unidos, em 2008, e na Índia, em 2009.
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