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16/11/2009 - 14h09

Apenas negociação levará a Estado palestino, diz premiê de Israel

da BBC Brasil

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os palestinos não devem tentar unilateralmente ganhar o reconhecimento internacional de seu Estado independente e acrescentou que apenas a negociação com Israel é a solução.

Netanyahu respondeu às afirmações do negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, que, no domingo, afirmou que pedirá ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que reconheça um Estado palestino independente. Erekat alegou que o pedido deve ser feito justamente por causa da falta de progressos na retomada das negociações de paz com o governo israelense.

No entanto, nesta segunda-feira, Netanyahu afirmou que o acordo deve ser negociado e que qualquer medida unilateral dos palestinos prejudicaria a negociação. "A forma de alcançarmos a paz é pelas negociações. Por meio de cooperação e consenso entre os dois lados nas áreas de economia e de segurança e também o será no campo político."

"Por isso que não há substituto para negociações entre Israel e a Autoridade Palestina e qualquer caminho unilateral vai apenas prejudicar a estrutura dos acordos entre nós e trará apenas medidas unilaterais do lado de Israel", afirmou o premiê.

Netanyahu também criticou o relatório a respeito da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, elaborado pelo investigador da ONU Richard Goldstone, afirmando que este documento "ameaça a paz na região". "Para se chegar a um acordo permanente entre nós e os palestinos, teremos que envolver concessões territoriais, mas como você pede para Israel evacuar mais terras se não pudermos nos proteger de ataques que vem destas terras?"

Assentamentos

Israel ofereceu aos palestinos uma restrição à ampliação dos assentamentos na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém, mas a Autoridade Palestina exige que todas as construções sejam paralisadas antes da retomada das negociações de paz. Cerca de 500 mil judeus vivem em mais de cem assentamentos construídos em territórios ocupados desde 1967. De acordo com leis internacionais, estes assentamentos são ilegais, apesar de Israel contestar isto.

O impasse levou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a anunciar que não vai tentar a reeleição.

Falando à BBC, Saeb Erekat afirmou que os palestinos decidiram apelar para o Conselho de Segurança da ONU depois de anos de negociações que fracassaram e que "agora é o momento decisivo". Erekat também afirmou que não se trata de uma declaração de independência unilateral, mas sim "uma decisão palestina apoiada agora pelo encontro dos ministros das Relações Exteriores árabes da semana passada".

"Iremos consultar a União Europeia, os russos, a ONU, as nações africanas, latinas e depois disso, diremos aos americanos 'vocês não conseguiram fazer com que os israelenses parassem as atividades nos assentamentos, por que usariam então seu poder de veto?'"

O porta-voz de Netanyahu, Mark Regev, disse à BBC que Israel quer negociar, mas os palestinos é que estão dificultando. "(...)É Israel que há meses pede a retomada das negociações. Infelizmente, o lado dos palestinos está colocando condições para estas negociações e, então, evitando o ressurgimento de um diálogo diplomático forte", afirmou.

A correspondente da BBC em Jerusalém Katya Adler afirmou que esta última afirmação da Autoridade Palestina é uma medida simbólica, mas reflete sua crescente frustração com o impasse no processo de paz.

Os palestinos pretendem construir seu futuro Estado na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza. As negociações de paz entre israelenses e palestinos vem ocorrendo intermitentemente pelos últimos 18 anos. Os palestinos já declararam a independência de forma unilateral em 1988. A independência foi reconhecida por dezenas de países, o Brasil não incluído, mas nunca foi implementada de fato.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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