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11/01/2010 - 08h21

Chávez ameaça ocupar empresas que aumentarem preços

da BBC Brasil

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que o Exército tomará o controle de qualquer empresa do país que aumentar seus preços como resposta à maxidesvalorização da moeda determinada pelo governo na última sexta-feira (8).

Chávez afirmou que não há razão para um aumento de preços e que as "empresas especuladoras" serão entregues aos trabalhadores.

Os venezuelanos correram às lojas para comprar bens importados antes da desvalorização da moeda local, o bolívar, entrar em vigor.

O presidente anunciou na sexta-feira (8) a criação de uma taxa cambial dupla --uma para os setores básicos da economia, com um dólar a 2,60 bolívares, e outra para o restante da economia, com o dólar a 4,30 bolívares.

A taxa oficial de câmbio era mantida estável pelo governo desde 2005 em 2,15 bolívares por dólar.

Competitividade

Chávez argumentou que a desvalorização do bolívar vai aumentar a competitividade dos produtos venezuelanos e reduzir a dependência das importações. Mas os críticos dizem que isso vai alimentar a inflação, que já chegou à casa dos 25% anuais.

Segundo ele, as duas taxas de câmbio terão o efeito de "limitar as importações que não são estritamente necessárias e de estimular a política de exportações".

Alguns analistas dizem que o impacto da desvalorização poderá não ser severo, já que muitas das importações venezuelanas hoje são feitas com o uso da taxa de câmbio do mercado negro, que na sexta-feira fechou a 6,15 bolívares por dólar.

Mas outros acreditam que a desvalorização terá um impacto sobre a inflação. "É impossível que os preços não sejam ajustados. Se não se ajustarem, vão desaparecer", disse à agência Associated Press o economista Oscar Meza, diretor do centro de pesquisas Cendas.

Para Meza, a medida do governo poderá elevar a inflação acima dos 33% anuais.

Chávez rebateu as críticas durante seu programa semana de rádio, Alô Presidente, no domingo. Segundo ele, "não há razão para ninguém aumentar preços".

Ele pediu aos seus simpatizantes para "denunciar publicamente os especuladores" e advertiu os empresários de que já ordenou ao Exército que formule um "plano de ofensiva" que significaria a tomada de "qualquer empresa, de qualquer tamanho, que jogue o jogo burguês da especulação".

"Quero que a Guarda Nacional saia às ruas com as pessoas para combater a especulação e tomar medidas", disse.

Luis Ignacio Planas, membro do partido opositor Copei, atacou a medida do governo, afirmando que o governo age como "um batedor de carteiras, colocando suas mãos nos bolsos dos venezuelanos e tomando seu dinheiro para continuar a se financiar e a pagar por uma política econômica irresponsável".

Comentários dos leitores
Noel Samways (126) 02/02/2010 19h02
Noel Samways (126) 02/02/2010 19h02
Chavez gastou os petrodólares em propaganda, eleições dos vizinhos, armas e bobagens. Agora colhe o resultado de sua inépcia, imprevidência e desvio de recursos, pois não consegue nem ajudar o Haiti; torce pelo aumento do barril de petróleo, o que nos prejudicaria. De que lado das ruas de Caracas vamos ficar então? Ajudando Chavez? Ora... sem opinião
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leilah alves (11) 02/02/2010 18h29
leilah alves (11) 02/02/2010 18h29
Gente essa coisa que os governantes aspirantes a ditadores estão bebendo é o mesmo que essa sr.Eduardo faz uso...Ha muito não vejo tanta asneira nos blogs,O que tem haver Israel,EEUU com o que chaves está fazendo? Meu Deus ,o que é que é isso? sem opinião
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Daniel X (1) 02/02/2010 10h51
Daniel X (1) 02/02/2010 10h51
Ô Eduardo, em vez de escrever tanta besteira vê se volta para a escola. "Ofenciva" é demais, parece que estudou nas cátedras bolivarianas! 4 opiniões
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