PF pede prorrogação das investigações em Santa Catarina

A Polícia Federal requisitou à Justiça a prorrogação do prazo para concluir o inquérito sobre a Operação Moeda Verde.

A previsão inicial era que as investigações sobre a operação, desencadeada em 3 de maio em Florianópolis e em Porto Alegre, fossem encerradas hoje.

Na ação da PF, foram expedidos mandados de prisão temporária para 22 pessoas, entre elas um vereador de Florianópolis, dois secretários municipais e o chefe do órgão ambiental da cidade, além de nove empresários. Eles são suspeitos de integrar um esquema de corrupção na liberação de autorizações para construção em áreas de proteção ambiental.

Cerca de 40 malotes com documentos foram apreendidos na operação, o que, segundo a PF, vai exigir mais tempo para concluir as investigações.

O pedido foi encaminhado na segunda-feira. No mesmo dia, a Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Florianópolis definiu o cronograma de depoimentos dos suspeitos.

Dez pessoas, entre as quais dois vereadores, serão ouvidas durante cinco dias. Os depoimentos terão início na próxima segunda-feira.

De acordo com o Ministério Público Federal em Santa Catarina, pelo menos 40 pessoas são suspeitas de envolvimento.

Ao realizar um balanço sobre a operação, o procurador da República Walmor Alves Moreira, um dos responsáveis por acompanhar as análises da PF, afirmou ontem que, desde o início das investigações, ele e a família recebem proteção policial.

Segundo ele, a escolta foi requisitada pelo próprio procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, ao diretor-geral da PF, Paulo Lacerda.