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07/06/2007 - 10h01

Acusado nega ter discutido propina com irmão de Lula

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da Agência Folha, em Campo Grande
do enviado da Folha a Campo Grande

Apontado como um dos líderes da máfia dos caça-níqueis, o empresário Nilton Cezar Servo disse ontem em depoimento à Polícia Federal, segundo o advogado Éldes Rodrigues, que tinha amizade com Genival Inácio da Silva, o Vavá, mas não discutia propina com ele.

Preso anteontem no Triângulo Mineiro, Servo começou a depor às 10h de ontem (horário de Brasília) na sede da PF em Campo Grande (MS). O interrogatório durou cerca de 12 horas.

Também ontem, o empresário Jamil Name prestou depoimento e foi indiciado sob suspeita de "estabelecer ou explorar jogos de azar em lugar público". Ele não foi preso porque, segundo da PF, não havia provas. Jamil Name Filho, porém, já tinha sido preso na Operação Xeque-Mate. Ao chegar para depor, Name afirmou que Servo dizia ter "o beneplácito do presidente Lula" para atuar na área de jogos.

Além de Servo, três filhos dele e a mulher foram presos na Operação Xeque-Mate. Rodrigues, o advogado da família Servo, disse que há no inquérito ao menos 20 escutas telefônicas de Servo e 15 de seu filho Victor Emmanuel, também preso anteontem e que aparece como dono de uma casa de caça-níqueis em Campo Grande.

A casa funcionou de janeiro de 2006 até abril deste ano, quando foi fechada pela PF. As 17 máquinas apreendidas movimentavam R$ 15 mil por dia. Os equipamentos foram apreendidos ontem pela PF.

Servo argumenta que a casa funcionava com uma liminar da Justiça. Segundo o advogado, as conversas gravadas pela polícia tratavam de compra de "máquinas caça-níqueis, principalmente com a empresa Multiplay de São Paulo".

"[Funcionários de Servo] Ligavam para funcionários [da Multiplay] perguntando quanto as máquinas rendiam [em apostas]", disse Rodrigues. Segundo o advogado, houve ligações entre Servo e Vavá: "Ele [Servo] dizia: como está a família, precisamos nos encontrar. Só isso, coisa de amigos".

Nas escutas telefônicas, apareceu, segundo o advogado, uma tentativa de acerto entre donos de máquinas caça-níqueis em fevereiro de 2007.

"Haveria uma reunião de maquineiros [donos de caça-níqueis] para fazer acerto, mas essa reunião não aconteceu. Nem Victor nem Servo participaram. Eram maquineiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Tentavam evitar que a polícia apreendesse máquinas."

A Polícia Federal mostrou o dinheiro apreendido na casa de caça-níqueis de São Paulo de Alfredo Loureiro Cursino. Foram R$ 9.617, 30 mil e US$ 29.918, além de 900 gramas de ouro.

 

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