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Lula janta com senadores do PMDB e prepara nomeações de segundo escalão
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Em meio às negociações para a criação da CPI da Navalha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agendou um jantar com os senadores do PMDB para a semana que vem. A idéia é anunciar o mais rápido o possível o nome de Márcio Zimmermann para o Ministério de Minas e Energia e, em seguida, definir o segundo escalão do governo federal --no qual os peemedebistas pleiteiam, pelo menos, quatro cargos.
A Folha Online apurou que está praticamente definido que o atual secretário de Cultura do Rio, Luiz Paulo Conde, irá para Furnas e que o ex-deputado federal Moreira Franco (RJ) será indicado para uma das diretorias da CEF (Caixa Econômica Federal). Mas ainda não houve uma definição sobre o destino do ex-deputado mineiro João Augusto para a diretoria de exploração da Petrobras.
Na última quarta-feira foi confirmada a nomeação do ex-senador Maguito Vilela (PMDB-GO) para a vice-presidência da área de governo do Banco do Brasil.
Alguns detalhes sobre as indicações foram fechados durante um jantar realizado na última terça-feira, no apartamento de um deputado do PMDB do Rio. Foram convidados para a conversa o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE).
Peemedebistas que participaram do jantar disseram à Folha Online que a conversa foi tranqüila e agradável.
Zimmermann
Há quase três semanas sem o titular e na interinidade com Nelson Hubner, o Ministério de Minas e Energia deve ganhar novo comando nos próximos dias. O mais cotado para o cargo é o técnico Márcio Zimmermann.
O controle de estatais do setor, como a Petrobras e a Eletrobrás, é cobiçado pelos partidos da base por reunirem grandes orçamentos. Depois de confirmar a escolha de Zimmermann, o presidente Lula adiou sua posse. Cauteloso com a indicação, Lula quer evitar desgastes para a área --que é uma das que recebe mais investimentos da União.
Zimmermann foi indicado pelo grupo do PMDB no Senado, com o aval dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP).
O técnico --que já pertencia aos quadros do ministério e é bem quisto pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil)-- foi escolhido para o cargo em substituição a Silas Rondeau, que pediu demissão da pasta depois de ser acusado de receber propina da empresa Gautama para facilitar licitações à empresa no governo. O ex-ministro nega as acusações.
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