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Corregedor vai analisar denúncias contra três deputados citados na Navalha
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
As investigações sobre o suposto envolvimento de deputados nas irregularidades em licitações de obras públicas pode ter continuidade na Câmara, apesar de a CPI da Navalha não ter obtido número para ser instaurada. É que o corregedor-geral da Casa, Inocêncio Oliveira (PR-PE), já recebeu a ação contra o deputado Paulo Magalhães (DEM-BA) --sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA)-- e aguarda outros dois casos.
Nos próximos dias, a Mesa Diretora da Câmara enviará as representações contra os deputados Maurício Quintella Lessa (PR-AL) --sobrinho do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PSB)-- e Olavo Calheiros (PMDB-AL) --irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de investigações no Conselho de Ética por supostamente ter recebido dinheiro de lobistas para pagar despesas pessoais.
Inocêncio não tem prazo para concluir as análises sobre os três casos. Ele pode demorar o tempo que considerar necessário para fazer uma apreciação conclusiva. Se concluir que há indícios de irregularidades, o corregedor dará cinco dias para que cada um possa explicar-se.
Caso as explicações não o satisfaçam, o corregedor opta pela abertura de processo, enviando o caso para o comando da Câmara que depois remete para o Conselho de Ética da Casa. Porém, se Inocêncio avaliar que não há motivos para abertura de processo, define pelo arquivamento.
Magalhães, Quintella e Olavo Calheiros são citados nas investigações da Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal para investigar fraudes em licitações públicas. As investigações também estão no Ministério Público.
Balanço
Na Corregedoria Geral da Câmara há mais três deputados sendo investigados. O deputado Clodovil Hernández (PTC-SP) é denunciado em duas ações por agressão às mulheres, em uma delas por ter ofendido a deputada Cida Diogo (PT-RJ). Clodovil conversou com o corregedor e prometeu enviar sua defesa, mas como teve um derrame cerebral e ficou internado, o caso aguarda a resposta do deputado.
A deputada Marina Maggessi (PPS-RJ), cuja ação foi remetida pela Mesa Diretora da Câmara, é denunciada por suposto envolvimento com a máfia do jogo do bicho no Rio. Ela negou as informações. Mas a ação aguarda análise de Inocêncio.
Já o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi denunciado pelo PR, que se sentiu agredido com um comentário do parlamentar, em plenário, referindo-se ao aumento expressivo da bancada. A Folha Online apurou que este caso deve ser arquivado.
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