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22/06/2007 - 09h34

Projeto na Assembléia prevê aumento de 86% para Yeda Crusius

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SIMONE IGLESIAS
da Agência Folha, em Porto Alegre

Para evitar a repercussão política negativa, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), pediu no início da noite de ontem que fosse retirado de um projeto na Assembléia Legislativa o reajuste de seu salário.

Depois de atrasar os salários de parte dos servidores desde abril e cortar gastos em todas as áreas por falta de recursos, Yeda Crusius teria --se o projeto fosse mantido-- seu salário reajustado em 86%, passando dos atuais R$ 7.000 para R$ 13 mil.

Os deputados estaduais haviam incluído no projeto de aumento dos próprios salários, que passará de R$ 9.500 para R$ 11.500 (21,22%), também uma reposição para a governadora, vice e secretários, com a concordância do Executivo. A repercussão negativa do aumento fez com que Yeda pedisse da noite de ontem a retirada de seu reajuste, dos secretários e do vice do projeto de lei.

Pela proposta inicial, a tucana receberia quase o dobro do salário atual e os vencimentos do vice e do secretariado iriam de R$ 6.500 para R$ 11.500.

A possibilidade de reajuste colocou os integrantes do governo em uma saia justa, porque achavam necessário o aumento, mas entendiam que o momento não é apropriado.

Como a Constituição estadual estabelece que cabe à Assembléia elevar os salários da governadora e dos secretários, a Mesa Diretora havia resolvido fazer um projeto de lei geral de reajuste. Inicialmente, o Executivo concordou com a iniciativa, mas acabou voltando atrás seis horas depois de o Legislativo anunciar o reajuste.

O chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, argumentou que Yeda tem o pior salário entre os governadores e que não há reajuste há oito anos.

Segundo o presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes (PP), quando os parlamentares estavam em reunião, pela manhã, elaborando a proposta de aumento, interlocutores da Casa Civil avalizaram o índice, mas pediram para que passasse a vigorar a partir de agosto. O aumento dos deputados valerá a partir deste mês.

O porta-voz da governadora, Paulo Fona, confirmou que a tucana conversou com o presidente da Assembléia sobre o tema, mas que em nenhum momento tratou de percentuais.

 

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