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04/07/2007 - 22h08

Oposição recebe renúncia de Roriz com alívio; aliados criticam "forças maliciosas"

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GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

A oposição recebeu com alívio a renúncia de Joaquim Roriz (PMDB-SD) do seu mandato de senador. A oposição agora cobra explicações do suplente de Roriz, Gim Argello (PTB-DF), que é citado nas investigações da Operação Aquarela --que investigou o desvio de recursos no BRB (Banco de Brasília) e flagrou conversas de Roriz que provocaram sua renúncia.
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), disse que o Conselho de Ética terá agora um processo a menos para analisar, uma vez que já investiga denúncias sobre o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Ficamos aliviados, mas encontramos outra agonia porque parece que o suplente dele está envolvido em denúncias. É uma página virada. Essa renúncia poupa dissabores", disse Virgílio.

O senador José Nery (PA), que encaminhou a representação contra Roriz à Mesa do Senado, avaliou que o senador preferiu deixar o cargo ao enfrentar investigações na Casa. "É uma questão pessoal, no entanto, o senador não confiou na investigação que seriam feitas nas quais teria amplo direito ao contraditório", afirmou Nery.

Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que respeita a decisão do senador peemedebista, mas defendeu que as leis e investigações sejam rigorosamente cumpridas no país. "Sei da gravidade da decisão de renunciar, da dor que sofreu, mas é importante que possamos compreender que as leis brasileiras estão sendo respeitadas e cumpridas", afirmou.

Aliados

Ao contrário da oposição, senadores do PMDB afirmaram que receberam a renúncia do colega com tristeza e solidariedade. "Forças maliciosas podem tê-lo tirado daqui [Senado]. Mas jamais o tirarão dos nossos corações", disse o senador Mão Santa (PMDB-PI), que leu a carta de renúncia no plenário do Senado.

Roriz telefonou ao colega para pedir que fizesse a leitura da carta. Mão Santa, no entanto, disse a Roriz que teria que pedir autorização ao senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que presidia a sessão plenária no momento. Os dois decidiram prolongar a sessão por mais 20 minutos para dar tempo da carta de renúncia chegar às mãos de Mão Santa.

Suplicy, que ocupava a tribuna da Casa, fez um longo discurso com interrupções do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) para que a carta chegasse antes do término da sessão.

Após a leitura da carta, Salgado (PMDB-MG) disse acreditar na inocência do senador Roriz. "Eu espero que a história prove quem é o culpado e quem é inocente. A história não perdoa. O Senado Federal precisa aprender a julgar, saber o que é importante. Eu quero passar por aqui e dormir tranqüilo no dia seguinte", afirmou.

Para o senador Magno Malta (PR-ES), a renúncia de Roriz é um momento "dolorido e sofrido" para o Legislativo. "Não é fácil. Lamento a decisão porque o mandato popular em uma democracia é do povo. Mas creio que o senador conheça as suas razões", disse.

 

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