Jobim admite problemas no modelo de gestão da Anac

O ministro Nelson Jobim (Defesa) reconheceu nesta sexta-feira que há problemas no modelo de gestão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo ele, há um problema na "percepção das ações" da agência, que deveria transmitir segurança ao país.

"Nós temos uma visão de que a agência hoje nacionalmente tem problema na percepção de suas ações. E eu quero lembrar que nós precisamos ter agências que transmitam segurança ao país", afirmou o ministro.

O assunto deve ser tratado na reunião de Jobim com a Anac na próxima segunda-feira.

Jobim argumenta que a Anac, ao contrário das outras agências, foi criada para gerir um setor que já era privatizado --por isso seu modelo encontra falhas que foram reforçadas pela crise aérea.

"Quero lembrar, por exemplo, que quando certos setores da economia brasileira, como telecomunicações e energia, eram estatizados as tarifas das empresas públicas eram todas usadas em relação à manutenção do processo de redução da inflação para subsídios cruzados. Por tudo isso é necessário a existência de uma agência que possa permear a necessidade da manutenção do serviço com os interesses dos usuários", afirmou.

Em seguida, o ministro afirmou que todos esses aspectos devem ser avaliados por especialistas. "O problema é saber se esses modelos também se ajustam ao caso da aviação civil. A única observação que fiz na reunião com os líderes políticos foi essa", comentou.

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