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14/08/2007 - 19h38

PSDB e DEM reiteram promessa de obstruir votações com Renan na presidência

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSDB e o DEM reiteraram a promessa de obstruir as votações no plenário do Senado enquanto o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estiver no comando da Casa Legislativa. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), subiu hoje à tribuna para reafirmar que os dois partidos vão manter a obstrução como prometido na semana passada como forma de pressionar Renan a se afastar da presidência enquanto estiver sob investigação.

"Entendemos que temos razões para esse gesto, que representa o anseio da nação, o coração e o cérebro da bancada do PSDB. Se o PSDB tivesse sido atendido por Vossa Excelência, ficando na planície, exerceria seu direito a ampla defesa", disse o líder.

Virgílio não estabeleceu prazo para manter a obstrução. Segundo o líder, o gesto é apenas político --sem ter relação com as matérias que estão na pauta do plenário. "Em algum momento, nós votaremos. Temos o dever de julgar autoridades pendentes", afirmou.

A sessão da tarde desta terça-feira foi a primeira deliberativa (com votações) desde que os senadores votaram a lei que institui o Super Simples. A promessa da oposição era obstruir os trabalhos do Senado depois que a lei fosse votada, o que ocorreu na semana passada. Com a obstrução, os senadores não colocaram matérias em votação nesta terça-feira.

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), disse que o partido acompanha os tucanos na obstrução às votações em plenário. "A posição do partido é da obstrução pelas razões que Vossa Excelência [Virgílio] apontou", disse Agripino.

Farpas

O líder democrata, que na semana passada trocou farpas com Renan no plenário do Senado, disse que ficou satisfeito com as justificativas apresentadas pelo peemedebista esta tarde.

Em discurso no plenário, Renan disse hoje que não teve a intenção de promover ameaças veladas a Agripino quando afirmou que o senador "não agüentaria nem uma semana" em seu lugar porque possui uma série de "dívidas e concessões" --numa espécie de insinuação a irregularidades supostamente cometidas por Agripino.

"Vossa Excelência reparou o imediatismo de sua colocação. A minha indignação é produto do imediatismo da acusação de que fui vítima. Não sei se fui brando ou exagerado, mas não há entre eu e Vossa Excelência indisposição pessoal", disse Agripino a Renan.

O relator do processo contra Renan no Conselho de Ética do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), disse que o discurso de defesa do presidente da Casa não ameniza as investigações sobre as denúncias de que teria usado recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha fora do casamento.

"O que vale para nós é a investigação. Temos a versão de quem acusa, de quem defende, em busca da verdade", afirmou.

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