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PT pede a Procuradoria agilidade em investigação de caixa 2 em Minas
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NÚRIA SALDANHA
Colaboração para a Folha Online
O PT decidiu neste sábado, no 3º Congresso Nacional do partido, solicitar a Procuradoria Geral da República agilidade na investigação sobre o que chamam de mensalão mineiro. O Partido dos Trabalhadores quer apuração das denúncias de corrupção nas eleições de 1998 para o governo de Minas Gerais. A intenção é investigar a campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo para o governo mineiro, quando perder para Itamar Franco.
A investigação da Polícia Federal concluiu em novembro de 2006 que o empresário Marcos Valério de Souza utilizou contas bancárias de suas empresas para girar recursos públicos e privados. O dinheiro tinha como destino um caixa 2 que teria como beneficiários o senador tucano Eduardo Azeredo (MG) e aliados dele na eleição de 1998. O esquema, atribuído a Marcos Valério e Cláudio Mourão, tesoureiro de Azeredo na campanha de reeleição foi mimetizado e ampliado depois, no governo Lula, com o escândalo do mensalão.
Azeredo declarou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas ter arrecadado R$ 8,5 milhões. Quando se tornou público o esquema do mensalão, ele admitiu uma arrecadação paralela, de R$ 8,5 milhões, fruto de um empréstimo do Banco Rural, sem o seu conhecimento. Azeredo atribuiu a responsabilidade a Mourão.
O laudo pericial integrante do inquérito de 2006 revelou ainda coincidência entre as datas em que Valério recebeu créditos por supostos serviços a empresas públicas e privadas e os pagamentos das parcelas dos empréstimos.
Parte dos pagamentos está relacionada em uma lista, cuja autoria é atribuída a Mourão. Na relação constam também os registros das entradas que teriam financiado o mensalão mineiro. Pelo laudo, a maior parte da lista se confirma na análise das movimentações financeiras de Marcos Valério.
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