Caso Renan deve ser votado na quarta-feira no plenário do Senado

O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), deve colocar em votação na próxima quarta-feira o processo que propõe a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Mas antes, a Mesa Diretora da Casa deverá se reunir para analisar o assunto. A reunião deve ser conduzida pelo petista e não pelo presidente da Casa, uma vez que ele é o denunciado.

Hoje à noite, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado enviou para a Mesa Diretora a aprovação da admissibilidade --conclusão de que é constitucional-- da proposta de cassação de Renan.

A CCJ aprovou, por 20 votos a um, o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que considera legal e sem vícios constitucionais, o projeto que recomenda a perda de mandato do peemedebista.

Renan é acusado de ter utilizado recursos da empresa Mendes Júnior para pagar despesas pessoais.

Castigo

Único a votar contra o relatório de Tasso na CCJ, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos fiéis aliados de Renan, disse ter sido coerente. Ele apresentou voto em separado declarando ser contrário ao prosseguimento da tramitação do projeto.

"Eu tenho coerência nas minhas atitudes. Há vícios no processo", afirmou Salgado. "Não existem provas. Não se pode condenar sem provas", disse. "Não há castigo pior para o senador Renan do que ele tem vivido."

Para Salgado, não é possível prever o resultado da votação do processo no plenário. Na opinião dele, cada um dos senadores já sabe como vai votar. "Cada senador vai votar pela sua cabeça."

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